Sátão e Vila Nova de Paiva reclamam ligação ao IP3 ou IP5

s autarcas de Sátão e Vila Nova de Paiva reclamam uma ligação ao IP3 ou ao IP5 a partir da variante à Estrada Nacional n.º 329 (EN329), que ontem foi inaugurada pelo secretário de Estado das Obras Públicas, Vieira de Castro, e liga as sedes daqueles concelhos. A obra ficou por 20 milhões de euros (18 milhões do empreendimento e 2 milhões das expropriações), tendo sido comparticipada pelo FEDER em cerca de 8 milhões e 600 mil euros. A nova variante tem uma extensão de 10 quilómetros, com quatro nós de acesso (para já, estão apenas dois a funcionar) e quatro obras de arte - ponte sobre o rio Vouga (230 metros de extensão); duas pontes sobre o ribeiro de Rebentão (140 metros cada uma) e um viaduto sobre o vale de Serrazela (170 metros). A infra-estrutura era há muito reivindicada pelas populações dos dois concelhos, dado que a anterior ligação tinha muitas curvas perigosas. Apesar de admitir que a obra "provavelmente já virá com algum atraso", Vieira de Castro mostrou-se satisfeito e sublinhou que se trata de "uma obra de engenharia digna de se ver, quer pelo seu traçado, quer pelas obras de arte". "Obra do século"O presidente da Câmara de Vila Nova de Paiva, Carlos Diogo Pires, classificou a variante como a "obra do século" - uma vez que vem "claramente desencravar" o concelho - mas apelou ao governante para que ela tenha continuidade. "É fundamental que se dê continuidade à variante. Iniciando uma segunda fase, fazendo a ligação directa a outros municípios do Norte, nomeadamente a Moimenta da Beira e dando continuidade à própria estrada mais para sul. Nomeadamente uma ligação ao IP3 ou ao IP5, mas os técnicos é que dirão", sublinhou Carlos Diogo Pires. Uma ideia que é partilhada pelo autarca de Sátão, Luís Cabral, que alertou para o mais que provável aumento da circulação viária entre Sátão e Viseu - uma vez que agora os moradores do concelho vizinho que se desloquem à sede do distrito deverão optar pela ligação via Sátão. "Com a abertura desta estrada, iremos ter sérios problemas de trânsito, que deve duplicar. Agora já há alturas em que demoramos 40 ou 50 minutos, na bicha, para chegar a Viseu. A opção, a meu ver, não era o alargamento da EN229, mas passaria, sim, por uma auto-estrada para ligar ao nó do IP3/IP5", sublinhou Cabral. O autarca de Sátão apelou ainda à rápida resolução do problema da estrada que liga a São João da Pesqueira, onde os acidentes mortais são frequentes.O secretário de Estado ouviu os pedidos, mas admitiu que "as encomendas são um pouco difíceis", dado que exigem recursos financeiros e a resolução de eventuais dificuldades que possam surgir. Apesar disso, Vieira de Castro prometeu analisar e estudar os pedidos em conjunto com o Instituto Português de Estradas (IEP). "Quanto à concretização, eu informarei quando é que vamos poder fazê-la, mas será só quando tivermos a certeza que vamos mesmo fazer. Eu recuso-me a incluir obras no PIDDAC [Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central] só para criar nas pessoas a ilusão de que aquilo vai ser feito. E em cada ano far-se-á aquilo que for objectivamente mais prioritário, porque o PIDDAC deve ser um instrumento de gestão, mas também de justiça", afirmou Vieira de Castro. O governante informou ainda que o IEP vai em breve iniciar os processos de recuperação dos viveiros de Queiriga, Vila Nova de Paiva e de Queluz."Eu recuso-me a incluir obras no PIDDAC [Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central] só para criar nas pessoas a ilusão de que aquilo vai ser feito. E em cada ano far-se-á aquilo que for objectivamente mais prioritário, porque o PIDDAC deve ser um instrumento de gestão, mas também de justiça"Vieira de CastroSecretário de Estado das Obras Públicas

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