Paixão segundo Koopman

"Um presente para as celebrações do ano Bach". É assim que Ton Koopman se refere ao ambicioso projecto de reconstrução da "Paixão segundo São Marcos", que o ocupou durante os últimos três anos. No dia 6 será será possível ouvir o resultado na Sé Patriarcal de Lisboa.

A música da "Paixão segundo São Marcos", de Bach, encontra-se irremediavelmente perdida, sobrevivendo apenas o libreto do poeta Christian Picander. Acontece que os intérpertes e os musicólogos nunca se conformam com a perda e há mais de um século que discutem modelos possíveis de reconstrução (ver caixa). Ton Koopman, o prestigiado cravista e maestro holandês, lançou-se também nesta aventura. Imaginou-se na pele de um aluno de Bach e pôs mãos à obra. A sua proposta traz novidades, não só pelo facto de ter optado por peças que nunca tinham sido usadas para este efeito como pelo facto de o próprio Koopman ser o autor dos recitativos. TON KOOPMAN - Em 1996, o director do Concertgebouw de Amestrdão propôs-me fazer qualquer coisa especial para o ano Bach. Toda a gente interpreta as mesmas obras. Eu queria algo diferente. A reconstrução da "Paixão segundo São Marcos" era uma velha ideia e converteu-se no meu presente para a celebração do aniversário de Bach.

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