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TVI, o canal-surpresa

"A TVI foi a única que cresceu nas audiências em duplos dígitos", afirmou o presidente do canal, durante um almoço de Natal que reuniu os trabalhadores. Uma iniciativa que foi aproveitada para dar uma mensagem: se o ano de 1999 foi bom, o próximo será melhor. É a estação-surpresa, diz José Eduardo Moniz.

Maior investimento na informação e na produção nacional foram duas das novidades anunciadas pelos mais altos responsáveis da TVI, durante um almoço de Natal, que decorreu na segunda-feira com todos os trabalhadores. Uma ocasião que serviu para felicitar o ano que deu à TVI o melhor "share" de sempre e sublinhar os projectos do canal."Na informação vamos fazer um investimento muito importante e na produção portuguesa demos passos muito importantes em 1999 que vão ser seguramente amplificados no ano 2000", afirmou o presidente da TVI, Miguel Paes do Amaral. O mesmo responsável acrescentou que para o próximo ano o orçamento da estação e a oferta de programação será "muito maior". A construção de um novo estúdio será um dos contributos para esse investimento na área da informação, dado que o actual está sobrecarregado, chegando a funcionar 20 horas por dia. Nesse espaço são actualmente produzidas emissões tão diferentes quanto os noticiários, o Batatoon ou o programa de Cristina Caras Lindas. Para o próximo ano, José Eduardo Moniz, director-geral, também espera o melhor da estação. "Maior crescimento nas audiências e nas receitas e o reconhecimento de que a TVI é a grande estação surpresa em Portugal", disse Moniz, perante as câmaras da própria estação.As perspectivas são optimistas, graças a um leque de prometedoras estreias e de regressos de alguns programas. Já em Janeiro, embora sem data marcada, a TVI vai voltar a ter nos ecrãs Miguel Sousa Tavares em novas edições de "Em Legítima Defesa", onde se irá confrontar com Manuela Moura Guedes. Ainda no primeiro trimestre de 2000 está prevista a estreia de um programa musical de Carlos Ribeiro, o apresentador que a TVI foi buscar à RTP, onde apresentava ultimamente o "Made in Portugal". E em Março será a vez de Marina Mota, uma aquisição que veio da SIC, mostrar o seu primeiro trabalho para a TVI. Uma das grandes apostas que José Eduardo Moniz fez na produção nacional é a série "Todo o Tempo do Mundo", protagonizada por Eunice Munoz e Ruy de Carvalho, que já tem garantidos mais um conjunto de 13 episódios, encomendados à produtora NBP. "A ideia é manter o fluxo da produção nacional", sintetizou ontem ao PÚBLICO Monteiro Coelho, director do gabinete de relações exteriores da TVI. A série "Todo o Tempo do Mundo" "é um sucesso", afirmou Monteiro Coelho, sublinhando que a média de "share" ronda os 30 por cento, o que representa mais de um milhão de espectadores a acompanhar a história todos os fins-de-semana. O almoço de Natal, que juntou todos os trabalhadores da estação, foi aproveitado pelos altos responsáveis para se congratularem com o crescimento das audiências. Em 1999, a TVI foi o canal de televisão que mais subiu, com um salto avaliado em 34 por cento. Entre Janeiro e Novembro de 1999 e o mesmo período de 1998, a TVI passou de 12,9 para 17,3 por cento de "share". Por seu turno, a RTP1 desceu de 31,7 por cento para 28,8 por cento e a SIC quebrou ligeiramente de 49,2 por cento para 47,9 por cento de "share". "A TVI foi o único canal de televisão a aumentar as audiências em duplos dígitos", sublinhou Miguel Paes do Amaral. Por outro lado, frisou Monteiro Coelho, "a TVI atingiu este ano o melhor "share" de sempre - 25,4 por cento" quando na terça-feira da semana passada transmitiu o espectáculo "Há Festa no Hospital". Por último, ao longo deste ano, a TVI ultrapassou, por duas vezes, as audiências da RTP1, tornando-se nesses dias o segundo canal mais visto do país, a seguir à SIC.

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