BlackBerry regressa às raízes e concentra-se nos clientes empresariais

Novo director executivo dá numa carta aberta indicações sobre o rumo que a fabricante canadiana está a tomar.

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A empresa perdeu o segmento dos consumidores domésticos Mark Blinch/Reuters

Uma carta aberta do director executivo interino da BlackBerry esforça-se para passar a mensagem de que a empresa está longe do fim. “As notícias da nossa morte são grandemente exageradas”, escreveu John Chen, parafraseando a célebre frase de Mark Twain.

A carta, que é dirigida especificamente aos clientes empresariais e parceiros da companhia, dá em vários momentos indicações sobre o rumo que a empresa vai seguir, depois de ter visto ruir a sua quota de mercado em poucos anos, particularmente no segmento do consumo doméstico. “Vamos voltar à nossa herança e às raízes”, escreveu Chen, um chinês de 58 anos, que assumiu funções este mês, substituindo Thorsten Heins, cujo mandato incluiu uma tentativa falhada de revitalizar a empresa com o lançamento de novos telemóveis e uma também mal sucedida tentativa de vender a multinacional canadiana.

A carta refere os vários serviços para empresas que a BlackBerry vende, lembra que a companhia trabalha com múltiplas entidades governamentais e sublinha que fornece serviços para a gestão de dispositivos móveis dentro das empresas que funcionam também com aparelhos de outras marcas. “Entendemos as realidades do mercado da mobilidade empresarial melhor do que ninguém e estamos neste jogo para o longo prazo”, lê-se na mensagem.

Chen observa também que a BlackBerry já não está à procura de comprador: “A nossa placa de ‘vende-se’ foi retirada e estamos aqui para ficar”. Em Agosto, e depois de muito tempo à procura de um comprador, a companhia anunciou que estava em negociações para ser adquirida por um fundo liderado por uma firma de investimentos canadiana, num negócio que rondaria os 3500 milhões de euros. Porém, o fundo acabou apenas por fazer um investimento de mil milhões de dólares, cerca de 739 milhões de euros, num acordo que implicou mudanças na equipa de gestão.
 

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