Alibaba associa-se a novo tipo de QR Code para combater a contrafacção

Gigante chinesa do comércio online tem sido acusada de permitir a venda de produtos falsificados nas suas plataformas.

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Imagem de promoção da Visualead que mostra difeenças entre o QR COde tradicional e o novo código Visualead

Na passada sexta-feira, a gigante chinesa do comércio online Alibaba foi processada nos Estados Unidos pela Kering, que detém o grupo Gucci, por conspiração com o objectivo de fabricar e vender produtos contrafeitos com logos da marca. Esta não foi primeira fez que a Alibaba foi acusada de comercializar produtos falsos nas suas plataformas. Esta segunda-feira, a chinesa anunciou que os produtos que terá à venda online vão passar a usar um novo tipo de QR Code para provar que não são falsificados.

Numa parceria com a startup israelita Visualead, na qual investiu no passado vários milhões de dólares, a Alibaba anunciou que se associou a um formato semelhante ao QR Code (uma espécie de código de barras em formato de pontos que pode ser reconhecido pelas câmaras dos telemóveis) mas com novas características. O código tem menos padrões de pontos que os QR Code conhecidos até aqui e permite a inclusão de imagens, tornando-se mais um suporte de promoção para uma marca, já que uma fotografia ou um logótipo podem passar a ocupar todo o espaço do código. Além dessa novidade, a Visualead diz que o novo código dá garantias ao consumidor de que está a adquirir um produto verdadeiro.

Segundo o co-fundador e CEO da Visualead, Nevo Alva, citado pelo site TechChrunch, além da questão de segurança, a ideia é tornar estes códigos mais fáceis de ler e de utilizar pelos consumidores. Alva assegura que os novos QR Codes são “praticamente impossíveis de copiar”, o que irá permitir às plataformas Alibaba e a outros serviços semelhantes combater a contrafacção.

Os fabricantes poderão imprimir o código e adicioná-lo a cada embalagem dos seus produtos, permitindo depois aos clientes verificar a autenticidade do que adquiriam quando recebem o produto comprado online. Para isso, os consumidores deverão descarregar a aplicação móvel Taobao para fazer a verificação.

Cada produto tem um código específico e ao ser passado na câmara de um telemóvel, por exemplo, não vai ser possível ser usado de novo, por ficar inválido automaticamente, indica Alva.

Além da parceria com a Alibaba, a Visualead vai ter como parceiros a marca de cosméticos L’Oreal e a de chocolate Ferrero, cujos produtos vão passar a ter o novo código.

Segundo o CEO da startup israelita, os falsificadores não serão capazes de criar aplicações que confirmem os seus produtos como sendo verdadeiros. O sistema que sustenta o código utiliza técnicas de visão computacional para reconhecer cada código que, segundo o responsável citado pelo TechCrunch, poderá ser usado não só nas embalagens dos produtos mas em redes sociais, autenticação de sites, pagamentos móveis ou emissão de bilhetes.

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