Sindicatos dos professores devem "mostrar flexibilidade", diz Passos

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Passos Coelho destacou o facto de Portugal ter registado, em 2013, um excedente externo face ao exterior Daniel Rocha

“Nós esperamos que os sindicatos estejam também disponíveis para mostrar flexibilidade, que o país precisa de ver” da sua parte, realçou o primeiro-ministro.

Pedro Passos Coelho disse que o Governo tem “mostrado uma grande capacidade para poder fazer compromissos” e “acordos” com sindicatos, em várias áreas de actuação, não sendo a Educação uma excepção.

“Portanto, na medida em que haja capacidade também aqui na área da Educação para acrescentar alguma coisa ao acordo que seja importante para o país, nós estamos disponíveis para nos aproximarmos dessas negociações”, frisou.

Contudo, continuou, é preciso que “os sindicatos também façam esse esforço”.

O chefe do Governo falava aos jornalistas em Évora, após uma visita às fábricas da construtora aeronáutica brasileira que funcionam na cidade alentejana.

Na ocasião, Pedro Passos Coelho foi questionado pelos jornalistas sobre as negociações entre o Ministério da Educação e os sindicatos que representam os professores, os quais estão em greve às avaliações desde 7 de Junho, estando a decorrer hoje nova ronda negocial.

O primeiro-ministro lembrou que “duas das razões evocadas com mais ênfase para bloquear uma perspectiva de compromisso” têm sido a aplicação do horário laboral das 40 horas ao sector da Educação e “a requalificação/mobilidade aplicada aos professores”.

“Nesses dois aspectos, o Governo mostrou uma grande flexibilidade”, embora essas sejam “reformas transversais que se aplicam a toda a administração”, pelo que “não há sectores protegidos”.

Ainda assim, acrescentou, “várias outras medidas que estão a ser tomadas não nos apontam qualquer necessidade, no prazo de um ano, para que professores efectivos sejam colocados em requalificação ou que haja necessidade de aumentar a carga lectiva dos professores”.

Segundo Passos Coelho, o Governo terá “outras formas de adaptar as 40 horas de trabalho semanais à área da Educação e é isso que está a ser trabalhado com uma grande abertura”.