Seminário do Fundão quer voltar à normalidade

Padre acusado de abuso de menores terá sido levado neste domingo do Estabelecimento Prisional da Guarda para casa dos seus pais, em Seia.

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Os pais dos alunos não manifestaram relutância em enviar os filhos de novo para o seminário Paulo Pimenta

O padre acusado de ter abusado sexualmente de menores no Seminário do Fundão deverá permanecer em prisão domiciliária em casa dos pais, em S. Romão, Seia. O suspeito terá sido neste domingo transportado do Estabelecimento Prisional da Guarda para a habitação familiar, onde irá ficar até início do julgamento. Os responsáveis da diocese esperam que o seminário retome agora o seu normal funcionamento.

Os últimos dias foram bastante agitados quer em S. Romão, quer no Fundão, onde se situa o Seminário. A instituição é frequentada por 16 alunos que deveriam regressar neste domingo, depois de terem passado o fim-de-semana em casa dos pais. No entanto, e apesar dos portões abertos, a porta de entrada estava fechada e assim se manteve, mesmo para quem tocava à campainha.

Contactada pelo PÚBLICO, fonte da diocese da Guarda não quis prestar mais comentários sobre o caso mas adiantou que espera que as notícias não venham a afectar o normal funcionamento da instituição. E acrescentou: “Nenhum dos pais manifestou relutância em enviar novamente os seus filhos para o Seminário”.

O vice-reitor do Seminário e professor de Educação Moral e Religiosa foi detido depois de alguns alunos da instituição terem feito queixas sobre os alegados abusos. As denúncias foram investigadas pela Polícia Judiciária e o Tribunal do Fundão acabou por decretar a prisão domiciliária com recurso a pulseira electrónica. De acordo com a Polícia Judiciária da Guarda, durante os próximos dias as investigações vão continuar com a inquirição de mais testemunhas. 

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