Portugal expulsou 2140 imigrantes ilegais em 2000

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Portugal expulsou no ano passado 2140 imigrantes ilegais PUBLICO.PT

Portugal expulsou no ano passado 2140 imigrantes ilegais, operação que custou cerca de 82 mil contos (409 mil euros) ao Estado. As expensas incluem também as opções de readmissão e o afastamento voluntário dos cidadãos estrangeiros em situação ilegal no território nacional, diz o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).

A Lusa apurou que até Setembro de 2000, o SEF levou a cabo 1885 processos de readmissão de ilegais para Espanha e procedeu à expulsão de 255 cidadãos estrangeiros para os países de origem. Os custos incluem ainda viagens, alojamentos e escoltas, o que em comparação com o ano anterior mostra uma situação normal nos custos. As expensas aumentam no que toca a viagens que ultrapassem Espanha, feitas de avião.Em 1999, o SEF operou 1553 readmissões para Espanha e 112 para França (os dois países europeus com que mantém acordos de readmissão de estrangeiros ilegais) e expulsou 593 estrangeiros em situação irregular em território nacional, o que custou cerca de cem mil contos (498 mil euros).
No ano passado, Portugal reenviou para Espanha 1885 imigrantes ilegais e recebeu do país vizinho 85. Para França, não fez qualquer readmissão mas recebeu 66 cidadãos estrangeiros, que tinham entrado via Portugal.

Este ano 245 clandestinos saíram voluntariamente

O SEF possui já alguns dados no que respeita ao trânsito Portugal apoiou o retorno voluntário aos países de origem de 245 imigrantes durante o primeiro semestre de 2001, na sua maioria cidadãos ucranianos, número que ultrapassa o total registado durante todo o ano passado.Ao abrigo do Programa Piloto de Retorno Voluntário (PPRV) voltaram aos seus países durante o primeiro semestre deste ano 245 imigrantes, dos quais 113 ucranianos, 43 oriundos da Federação Russa, 37 do Brasil, 15 cidadãos da Bielorrússia, oito da Lituânia, sete da República da Moldávia, sete do Cazaquistão, cinco da Albânia e dois da Guiné. De Cuba, Estónia, Hungria, Letónia, Roménia, São Tomé e Príncipe e Venezuela registou-se o retorno voluntário de um cidadãos de cada país.
Os casos contabilizados durante o primeiro semestre de 2001 (245) superam já o total de pessoas apoiadas durante todo o ano passado, que ascendeu a 243 retornos voluntários.
A Lei da Imigração dita que os estrangeiros apoiados no âmbito do PPRV não serão autorizados a entrar em território português por um período de cinco anos a contar da data de saída do país, devendo, quando titulares de autorização de residência, entregá-la no posto de fronteira no momento do embarque.

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Dossier Imigrantes à espera - 09-05-2001



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