Polícia diz que jovem que morreu num voo Lisboa-Dublin seria afinal brasileiro

Polícia irlandesa deteve, no mesmo voo, uma passageira com passaporte angolano que transportava anfetaminas.

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O avião tinha como destino Dublin, mas fez uma aterragem de emergência em Cork JON NAZCA/Reuters

A polícia irlandesa informou nesta segunda-feira que o jovem que morreu no domingo a bordo de um voo que fazia a ligação entre Lisboa e Dublin seria brasileiro e não português, como foi inicialmente avançado. O gabinete de imprensa e relações públicas daquela polícia confirmou ao PÚBLICO que está a “investigar a morte súbita de um homem” de 25 anos cujo óbito aconteceu a bordo de um voo da Aer Lingus, que foi forçado a fazer uma aterragem de emergência em Cork, no Sul da Irlanda.

Segundo a polícia irlandesa (Gardaí), o homem de 25 anos seria brasileiro – e não português, como até agora tinha sido dito. “O voo foi desviado para o Aeroporto de Cork quando o homem começou a ficar agitado. Foi assistido por um médico e por uma enfermeira que seguiam no mesmo voo, mas acabou por ser declarado o seu óbito já no aeroporto, às 18h40”, confirmou Gerry Kavanagh, do gabinete de imprensa, numa resposta escrita.

O responsável adiantou também que o corpo do homem foi levado para o Hospital da Universidade de Cork. A autópsia deverá ser feita ainda durante a tarde desta segunda-feira. Um outro passageiro que terá sido mordido pelo jovem que acabou por morrer foi assistido no mesmo hospital e está livre de perigo, acrescentou a polícia. Gerry Kavanagh confirmou, ainda, que detiveram uma outra passageira que seguia no mesmo voo. Acredita-se que a mulher, na casa dos 40 anos, transportava “1,8 quilogramas de anfetaminas na sua mala”.

No entanto, também ao contrário do que foi inicialmente dito, a detida não será portuguesa. “A mulher, que viajava com um passaporte angolano, foi detida às 23h e está presa na esquadra de Togher”, explicou a Gardaí, que recorda que esta detenção pode prolongar-se por sete dias e que foi feita no âmbito da legislação relativa ao tráfico de droga. A televisão pública irlandesa, RTE, avançou que se suspeita que a mulher acompanharia o jovem de 25 anos, mas a Gardaí não confirmou esta informação ao PÚBLICO.

Um passageiro português que seguia no voo EI485, contactado pelo PÚBLICO no domingo, já tinha relatado que o ocupante que veio a morrer se tinha sentido indisposto e tinha ficado agressivo. Explicou, também, que o jovem foi imobilizado pela tripulação à saída da casa de banho das últimas filas da aeronave e que uma pessoa ficou ferida durante o incidente, aparentemente mordida pelo passageiro.

Os cerca de 170 passageiros do voo foram identificados em terra pela polícia irlandesa, que interrogou algumas testemunhas do incidente. Depois da paragem de quatro horas em Cork, a maioria dos ocupantes seguiu para a capital irlandesa em autocarros disponibilizados pela companhia aérea. Foi durante esta investigação que foram descobertas as anfetaminas na mala de uma das passageiras que seguia a bordo do Airbus A320.

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