Persistência do jornalismo escolar premiada em encontro nacional

Experiência de vários jornalistas do PÚBLICO foi colocada ao serviço dos cerca de cem professores que estiveram em Espinho.

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Bárbara Reis falou da imprensa escolar como instrumento cívico Fernando Veludo/nFactos

A longevidade de cinco publicações foi este sábado homenageada no Encontro Nacional de Jornais Escolares, que durante todo o dia se realizou em Espinho.

Com a entrega de um troféu a jornais fundados nos anos 70 e 80 do século passado, reconheceu-se o trabalho persistente das várias gerações de alunos e de professores que, há décadas, garantem a continuidade de O Ciclista, de Anadia, O Brincalhão, de Alfândega da Fé, o Pirata da Imprensa e o Gaivota, de Manuel Laranjeira, Espinho, que se fundiram no Plural, e o Janela Aberta, de Porto de Mós. Muita carolice é a fórmula que garante a continuidade dos projectos, afirmaram alguns dos professores no momento da entrega das distinções.

Os elogios ao trabalho jornalístico foram abundantes nesta iniciativa promovida pelo Ministério da Educação e pelo PÚBLICO.

Na abertura, a directora do jornal, Bárbara Reis, sublinhou a importância da imprensa escolar como instrumento cívico. “Uma vitamina da cidadania”, disse. O secretário de Estado do Ensino Básico e Secundário, João Grancho, enalteceu o trabalho “notável” dos jornais escolares, que permite que os mais novos sejam produtores de media, e o director-geral da Educação, Fernando Egídio Reis, agradeceu o empenho e a dedicação dos professores que garantem a continuidade dos projectos.

A experiência de diversos jornalistas do PÚBLICO foi colocada ao serviço dos cerca de cem professores participantes, com quem Victor Ferreira, jornalista coordenador da redacção do Porto, José Soares, gráfico, Aurélio Moreira, copydesk, e Paulo Pimenta, fotojornalista, partilharam diversas regras essenciais dos seus ofícios.

A ocasião foi aproveitada para Manuel Pinto e Sara Pereira, professores da Universidade do Minho, divulgarem o Referencial de Educação para os Media, recentemente homologado por João Grancho. O documento pretende ajudar, por exemplo, a desenvolver “capacidades de procurar, avaliar, seleccionar e utilizar criticamente a informação”, tarefa em que os jornais escolares são de utilidade óbvia. A jornada serviu ainda para José Vítor Pedroso, também da Direcção-Geral de Educação, apresentar aos docentes que vieram de todo o país a plataforma de jornais escolares, onde se dá conta de boas práticas desta actividade e se oferecem ferramentas úteis para estes projectos.

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