Paulo Macedo: "Não há qualquer clivagem no Governo sobre se se deve ou não manter um SNS"

Ministro da Saúde no debate "Estado Social, que futuro?", esta segunda-feira, em Lisboa.

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Paulo Macedo diz que o futuro passa por dar mais liberdade de escolha aos doentes Paulo Pimenta

O ministro da Saúde Paulo Macedo garantiu nesta segunda-feira que o debate do Estado Social não passa por alterar o Serviço Nacional de Saúde (SNS) que conhecemos e que "não há qualquer clivagem no Governo sobre se se deve ou não manter um Estado Social ou se se deve ou não manter um SNS".

Paulo Macedo, que falava durante o debate "Estado Social, que futuro?" organizado pela Antena 1 e que decorre na Reitoria da Universidade de  Lisboa, esta segunda-feira, disse, contudo, que para manter o serviço universal e geral que é preciso assegurar a sustentabilidade do mesmo.

"A procura da sustentabilidade do SNS ainda não está conseguida", assumiu o titular da pasta da Saúde em declarações aos jornalistas. Quanto ao caminho a seguir para manter "uma das áreas mais equitativas da sociedade portuguesa", Macedo defendeu que não podemos continuar a viver apoiados no défice, mas assegurou que em termos de financiamento a ideia é continuar com um sistema assente nos impostos. Porém, ao longo da sua intervenção, o ministro falou várias vezes num SNS geral e universal mas nunca referiu a expressão "tendencialmente gratuito".

Paulo Macedo admitiu que o futuro passa por dar mais liberdade de escolha aos doentes e por eliminar duplicações de serviços, assim como por "separação de profissionais em termos de sector público e privado". Ainda assim, alertou que este é um debate para ter a médio prazo e não para ser incluído na redução de quatro mil milhões de euros da reforma do Estado.
 

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