Ministro pede afastamento de “turbo-anestesista” de Braga

O ministro da Saúde ordenou nesta swexta-feira que o médico anestesista do hospital de Braga fosse afastado, dando seguimento a uma recomendação da Inspecção-geral das Actividades da Saúde (IGAS).

Fonte ligada ao processo disse à agência Lusa que Paulo Macedo deu seguimento às recomendações da IGAS, tendo solicitado à administração do Hospital de Braga que afaste o médico.

A polémica está relacionada com Mário de Carvalho, médico anestesista que é também o director clínico do hospital de Braga. Num só dia, terá ministrado anestesia a 17 doentes.

No relatório do caso, o perito do IGAS, também ele anestesista, considera que “o especialista feriu as regras de comportamento exigidas para a anestesia em segurança de um doente”.

Considerou ainda que “houve sobreposição de actividade médica, não se aceitando o comportamento do especialista face à boa prática médica”.

O perito garante também que o médico “colocou em causa os doentes”, recomendando o seu afastamento.

O IGAS propôs também que a Ordem dos Médicos abra um processo disciplinar ao médico.

Em Janeiro, o deputado do BE João Semedo, enviou um requerimento ao ministério da Saúde, apelidando aquele médico de “turbo-anestesista” e relatava, com detalhe, as horas e minutos em que o especialista “foi apanhado, à mesma hora, em diferentes salas”.

Porém, o processo de averiguações instaurado pelo Hospital de Braga, cujas conclusões foram conhecidas em Janeiro, conclui pela “inexistência de matéria de facto”.

“O que se concluiu é que não havia razões para as acusações”, explicou na ocasião fonte da administração do Hospital de Braga.

O caso começou por ser denunciado, sob anonimato, por um alegado grupo de anestesistas daquele hospital, que falava em “má prática clínica, susceptível de colocar em risco a vida dos doentes”, tendo depois chegado, em Novembro.

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