Manuel Mateus Costa da Silva Couto nomeado comandante-geral da GNR

A escolha do tenente-general por parte do ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, provocou a renúncia do segundo comandante-geral da GNR, José Caldeira.

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Conselho de Chefes de Estado-Maior deu parecer favorável à nomeação de Manuel Mateus Costa da Silva Couto para comandante-geral da GNR

O tenente-general Manuel Mateus Costa da Silva Couto foi nomeado nesta sexta-feira para o cargo de comandante-geral da Guarda Nacional Republicana, segundo uma nota oficial.

O Conselho de Chefes de Estado-Maior deu parecer favorável, por unanimidade, à nomeação do tenente-general Manuel Mateus Costa da Silva Couto, que exercia as funções de presidente da Autoridade Nacional de Protecção Civil desde Novembro de 2012.

A nomeação de Manuel Mateus Costa da Silva Couto, para suceder a Newton Parreira, que atingiu o limite de idade, foi proposta pelo Governo ao Conselho de Chefes de Estado-Maior, reunido nesta sexta-feira.

Quando foi nomeado para a Autoridade Nacional de Protecção Civil, Manuel Mateus Costa da Silva Couto, exercia funções de comandante do Comando da Administração de Recursos Internos (CARI) da GNR.

A escolha do tenente-general por parte do ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, provocou a renúncia do segundo comandante-geral da GNR, José Caldeira.

As edições do Diário de Notícias e do Jornal de Notícias avançam nesta sexta-feira que o número dois da GNR “bate com a porta” desagradado com o ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, a quem pediu a sua exoneração.

De acordo com o DN, a demissão foi aceite e concretizada na quinta-feira, tendo o oficial general, com mais de 40 anos de serviço, regressado ao exército onde deverá ficar, para já, como quadro excedentário.

“Saio por uma questão de dignidade e ética profissional”, disse José Caldeira ao DN, jornal que adianta que, na origem da decisão – inédita num oficial superior das Forças Armadas - está o facto de não ter sido escolhido para o cargo de comandante-geral da GNR, que vai ser deixado vago por Newton Pereira na próxima semana.

Entretanto, a Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR) tinha exigido hoje uma GNR “autónoma do Exército”, considerando que a corporação tem elementos “com conhecimentos operacionais e técnicos adequados à missão de segurança pública”.

“Num momento em que o Exército se divide para ver quem fica com o poder na Instituição, é oportuno que se reafirme que a Guarda possui nos seus quadros elementos competentes, com experiência, com conhecimentos operacionais e técnicos adequados à missão de segurança pública”, refere a APG, em comunicado.

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