Libertado dono da arma ilegal usada em disparo que atingiu criança
MP considerou que não era necessária uma medida de coacção mais grave do que o termo de identidade e residência. Dois rapazes brincaram com revólver na casa do padrinho da vítima que está em estado grave.
Pelas 10h, começou a ser ouvido pelo procurador nos serviços do Ministério Público de Vieira do Minho e saiu pouco antes das 14h com termo de identidade e residência, a medida de coacção menos gravosa, que é, aliás, inerente à condição de arguido. O procurador considerou que não seria necessária outra medida mais pesada e decidiu, por isso, não requer o seu interrogatório por um juiz de instrução criminal.
Segundo fonte policial, o homem que afinal não é tio da vítima como foi noticiado, mas somente seu padrinho, tinha também cerca de uma dezena de armas ilegais em casa a par de algumas legalizadas. A Polícia Judiciária continuará agora a investigação no sentido de perceber a origem da arma. O arguido, indiciado por posse ilegal de arma, poderá também vir a ser responsabilizado por não ter as armas guardadas num cofre ou num armário de segurança como obriga o regime jurídico das armas.
A criança de nove anos continua internada no Hospital de São João, no Porto, na unidade de cuidados intensivos pediátricos em estado grave, de acordo com fonte daquele hospital. O rapaz foi baleado por um amigo de 12 anos quando ambos brincavam em casa do padrinho. Encontraram o revólver de calibre .22, considerado um arma de defesa pessoal, numa caixa de ferramentas que estava na garagem da habitação. Empunharam a arma à vez e foram até a um quarto da casa onde depois ocorreu o disparo.