Incêndios florestais consumiram este ano 25% do que ardeu em igual período de 2012

Dados do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas.

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Incêndio no final da partida na Luz, no sector onde estavam os adeptos do Sporting PATRíCIA DE MELO MOREIRA/AFP

Os incêndios florestais consumiram, até final de Julho, uma área de quase 18 mil hectares, perto de um quarto da área ardida em igual período de 2012, segundo o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).

O último relatório provisório de incêndios florestais do ICNF adianta que, entre 1 de Janeiro e 31 de Julho, foi consumida uma área de 17.976 hectares, tendo ardido menos 73,5% do que em igual período de 2012.

De acordo com estes dados do ICNF, 6950 ocorrências de fogo, metade do que no mesmo período de 2012, quando já tinham deflagrado 13.142.

Segundo o documento, os 6950 incêndios resultaram em 17.976 hectares de área ardida, menos 50.031 hectares do que em 2012.

“Comparando os valores do ano corrente com o histórico dos últimos dez anos, destaca-se que se registaram menos 38%de ocorrências relativamente à média verificada no decénio e que ardeu menos 61,5% do que o valor médio de área ardida no mesmo período”, lê-se no relatório do ICNF.

Os dados provisórios referem também que o maior incêndio do ano, registado até à data, começou a 9 de Julho, no concelho de Alfândega da Fé (Bragança), e estima-se que terá consumido uma área aproximada de 14.912 hectares, dos quais cerca de 8936 são espaços florestais.

O documento indica igualmente que o maior número de ocorrências se verificou no distrito do Porto (2101), seguido de Braga (647) e Aveiro (609), sendo a maioria fogachos, ou seja, incêndios que não ultrapassaram um hectare de área ardida.

O distrito de Bragança é o que apresenta maior valor de área ardida, da qual 95% resulta do grande incêndio de Alfândega da Fé, seguindo-se o distrito de Aveiro, com 1322 hectares, e o da Guarda, com 1195.

O relatório provisório destaca que mensalmente, até Julho, os valores, quer do número de ocorrências quer da área ardida, foram “substancialmente inferiores” às médias mensais dos últimos dez anos, devido à chuva e à Primavera “mais fria desde 1993”.

O mês de Julho foi o que registou, este ano, o maior número de ocorrências (3348) e, consequentemente, a maior área ardida (13.697).

Além do incêndio no distrito de Bragança, registaram-se este ano mais 13 grandes incêndios, com área ardida em espaço florestal maior ou igual a 100 hectares. Estes incêndios consumiram um total de 12.204 hectares de espaços florestais, cerca de 67,8% do total da área ardida até 31 de Julho, segundo o último relatório do ICNF.

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