Família de criança que morreu após parto em Badajoz vai pagar trasladação

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As custas da trasladação podem chegar aos 750 euros Adriano Miranda/PÚBLICO (arquivo)

Duas crianças portuguesas nasceram em Badajoz, na sequência do encerramento do bloco de partos de Elvas, mas uma das crianças faleceu, vítima de malformação. Os familiares queixam-se de terem agora de pagar os custos da trasladação do corpo da menina para Portugal.

Segundo noticia hoje o "Correio da Manhã", a filha de Francisca Oliveira nasceu ontem às 12h00 portuguesas em Badajoz, graças ao protocolo estabelecido entre o Hospital Infanta Cristina e o Ministério da Saúde português. Foi a segunda criança de Elvas a nascer em Espanha após o protocolo da tutela.

A criança sofria de malformação ao nível da estrutura óssea da cabeça e tinha problemas respiratórios e de visão, segundo disse fonte hospitalar ao diário. Viria a falecer durante a tarde.

O protocolo que viabiliza a realização de partos de residentes em Elvas na maternidade do Hospital Infanta Cristina, em Badajoz, é omisso no que toca ao pagamento das despesas em caso de morte da criança ou da mãe. O custo da trasladação de um corpo de Espanha para Portugal custa mais de 750 euros, indica o "Correio da Manhã".

Um tio da criança, João Grilo, queixou-se em declarações ao "Correio da Manhã" de que a cunhada "nunca foi seguida como devia ser por causa do encerramento". "Poucos exames lhe fizeram", queixou-se o familiar.

Quanto às queixas contra a maternidade de Elvas, a mesma fonte hospitalar espanhola disse que os pais conheciam a situação da criança através de exames prévios realizados no Hospital de Elvas, gerido pela Fundação Mariana Martins, e adiantou que mesmo que o bloco de partos português estivesse a funcionar o parto seria realizado em Espanha por motivos de segurança.

Uma outra familiar da parturiente confirmou ao jornal que os pais estavam avisados de que a criança "podia nascer com problemas" devido a uma queda da mãe aos seis meses de gravidez.

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