Escolhidos os primeiros centros de referência para tratar doenças complexas

Candidataram-se 116 instituições para as áreas dos cancros raros, da transplantação de órgãos e de doenças genéticas, mas na primeira fase só foram analisadas 18

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Já em 2011 se tinha verificado uma quebra no número de transplantes feitos em Portugal AFP

Cinco centros hospitalares foram aprovados como referência nas áreas de epilepsia refractária, onco-oftalmologia, paramiloidose familiar, transplantes pulmonares, do pâncreas e hepáticos, revelou à Lusa o presidente da Comissão Nacional para os Centros de Referência, o neurocirurgião João Lobo Antunes.

Para a epilepsia refractária, foram aceites como centros de referência o Centro Hospitalar do Porto (CH Porto), o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) e os Centros Hospitalares de Lisboa Ocidental (CHLO), de Lisboa Central (CHLC) e de Lisboa Norte (CHLN).

O CHUC é, a partir de agora, o centro de referência para a área de onco-oftalmologia. Para a paramiloidose familiar, as unidades eleitas foram o CH Porto e o CH Lisboa Norte.

O centro de referência para o transplante pulmonar é o Centro Hospitalar Lisboa Central, enquanto que para o transplante de pâncreas o CH Porto e o CHLC foram as unidades de saúde que reuniram condições para este reconhecimento. Os centros de referência para o transplante hepático são o Centro Hospitalar do Porto, o CHUC (Coimbra) e o CHLC (Lisboa Central). 

Segundo João Lobo Antunes, candidataram-se a centros de referência para as áreas dos cancros raros, da transplantação de órgãos e de doenças genéticas 116 instituições. No entanto, numa primeira fase, apenas foram analisadas as 18 candidaturas às áreas de epilepsia refratária, onco-oftalmologia, paramiloidose familiar, transplantes pulmonares, do pâncreas e hepáticos.

A segunda fase incluirá as 32 candidaturas recebidas para centros de referência para as áreas de oncologia de adultos (cancro do testículo e sarcomas das partes moles e ósseos), transplante do coração, transplantação cardíaca pediátrica, renal em adultos e renal pediátrica.

Já para a terceira fase, oncologia de adultos (cancro do esófago, do reto e hepatobiliopancreático), foram recebidas 66 candidaturas. Fonte do gabinete do ministro da Saúde disse à Lusa que é objectivo do ministro aprovar esta primeira lista antes do final do mandato.

Segundo João Lobo Antunes, a análise das candidaturas, que respondem a critérios exaustivos, exige da comissão um árduo trabalho, pelo que este está a ser realizado por fases. Contudo, o neurocirurgião congratula-se com o facto de, a partir de agora, os portugueses saberem “onde estão os centros de excelência” em áreas complexas.

Um centro de referência é um serviço, departamento ou unidade de saúde, reconhecido como o expoente máximo de competências na prestação de cuidados de saúde de elevada qualidade.

 

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