Encontrado corpo da criança desaparecida em Caxias

Corpo encontrado esta manhã, na praia da Giribita, Oeiras, por uma pessoa que se encontrava por perto.

Foto
As buscas, que seriam suspensas depois deste domingo, tinham-se relevado infrutíferas Enric Vives-Rubio

O corpo da criança de quatro anos que estava desaparecida desde segunda-feira à noite, em Caxias, foi encontrado na manhã deste domingo. O cadáver foi encontrado na praia da Giribita, em Oeiras, por uma pessoa que se encontrava por perto.

A menina, e uma irmã de 20 meses que também morreu nas águas do Tejo, foram levadas para a água pela mãe, de 37 anos, que se encontra em prisão preventiva. O bebé de 20 meses foi resgatado logo na noite de segunda-feira, mas morreu. As buscas pelo segundo corpo, desde então, tinham-se revelado infrutíferas.

O corpo foi encontrado e retirado da água por um transeunte, que o entregou de imediato à Polícia Marítima, que também se encontrava na praia. O último dia de buscas das autoridades seria este domingo. A descoberta do corpo de Samira foi feita enquanto decorrem as cerimónias fúnebres da sua irmã, na igreja de Rio de Mouro, Sintra.

Citado pelo jornal online Observador, o comandante Fontes Domingues, da Polícia Marítima, explicou que demorou-se muitos dias a encontrar o corpo, porque só agora é que este começou a flutuar. “Tudo indica que a criança possa ter falecido por afogamento. Há a teoria de que, nestas circunstâncias, nos primeiros quatro, cinco, seis dias há um afundamento e que depois ganha flutuabilidade positiva e aí a natureza devolve o corpo”, disse.

Uma criança de 20 meses morreu e outra de quatro anos estava desaparecida desde a noite de segunda-feira. O alerta foi dado por uma testemunha que viu uma mulher sair em pânico da água na praia de Caxias, em Oeiras, e em avançado estado de hipotermia, a afirmar que as suas duas filhas estavam dentro de água.

A mãe das crianças foi internada no Hospital de Santa Maria e, na quarta-feira, foi detida pela Polícia Judiciária e presente a primeiro interrogatório judicial, no Tribunal de Cascais, que decretou a sua prisão preventiva por suspeita de duplo homicídio qualificado.

Em declarações à agência Lusa, fonte da Comissão Nacional de Proteção de Crianças e Jovens em Risco da Amadora adiantou que a família estava sinalizada e que a mulher tinha apresentado queixa em Novembro na polícia por violência doméstica e suspeita de abusos do pai exercidos sobre as meninas. O homem já recusou publicamente as acusações.

Sugerir correcção
Comentar