Cheias e inundações foram as principais ocorrências até ao início da tarde

Período mais crítico do mau tempo deverá ocorrer entre as 18h de domingo e as 6h de segunda. Até às 14h foram registadas 150 ocorrências.

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Agitação marítima pode atingir os 11 metros em toda a costa Nelson Garrido

A Autoridade Nacional da Protecção Civil (ANPC) registou cerca de 150 ocorrências relacionadas com o mau tempo entre as 0h e as 14h deste domingo, a maioria das quais relacionadas com cheias e inundações. Os distritos de Coimbra, Lisboa e Setúbal foram os mais afectados. Em Santarém, várias estradas municipais estão submersas.

Apesar do cenário, a situação ainda é considerada “relativamente tranquila” pelo adjunto de operações Carlos Guerra, da ANPC. “As ocorrências registadas não provocaram danos significativos. Esperamos que o período mais crítico se verifique entre o fim da tarde de hoje [domingo] e as 6h de amanhã [segunda-feira]”, refere o responsável.

Entre as ocorrências verificadas até ao início da tarde, Carlos Guerra destaca as cheias do rio Mondego, no distrito de Coimbra, pequenas inundações em Lisboa e alguns incidentes relacionados com a agitação marítima na Costa da Caparica, Setúbal. Registaram-se ainda pequenas quedas de árvores. Na serra da Estrela, a neve deixou algumas viaturas retidas, obrigando ao corte temporário dos acessos ao maciço central a partir do Sabugueiro e da Covilhã e no distrito de Santarém as cheias do Tejo já deixaram diversas estradas municipais submersas.

A partir das 15h, o nível de alerta sobe do amarelo para o laranja, o quarto de uma escala de cinco, activado sempre que são previstas “situações de perigo, com condição para a ocorrência de fenómenos invulgares que podem causar danos a pessoas e bens”. A prontidão dos meios irá manter-se neste nível até às 8h de segunda-feira.

As principais preocupações da Protecção Civil relacionam-se com a forte agitação marítima, que pode atingir os 11 metros, a forte precipitação e o vento muito forte que pode chegar a rajadas de 130 quilómetros por hora.

A ANPC recomenda aos cidadãos que permaneçam em casa e evitem deslocações desnecessárias. Se tiverem de sair, a Protecção Civil aconselha que se evite circular junto à orla costeira, zonas ribeirinhas e áreas arborizadas. “Adoptar uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tendo especial cuidado com a possível formação de lençóis de água nas vias e não atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas”, recomenda-se. 
 
 

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