Bispos alertam que "ninguém sai bem na fotografia” da crise se povo ficar pior

Manuel Clemente presidiu pela primeira vez como patriarca a uma reunião do conselho permanente da Conferência Episcopal.

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Os bispos reuniram nesta terça-feira em Fátima Fernando Veludo/NFactos

O porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) alertou nesta terça-feira em Fátima que “ninguém sai bem na fotografia quando o povo português fica pior”, lembrando os políticos de que “as crises criam sempre urgências e pobres”.

Manuel Morujão sublinhou também que “todas as crises são de grande preocupação para a Igreja”, porque prejudicam sobretudo “os endividados, os desempregados, os que têm pensões de pobreza ou miséria”.

No final da reunião dos bispos que integram o Conselho Permanente da CEP, o padre admitiu que “o Governo não tem monopólio das soluções” e que a série de consultas promovidas pelo Presidente da República “não pode ser feita à velocidade da luz”, mas salientou que é preciso “encontrar soluções consensuais, […] justas […] e o mais depressa possível”.

Segundo o porta-voz da CEP, o que os bispos pedem “é a procura séria do bem comum”. Afinal, “somos um povo realista que não espera varinhas mágicas e soluções óptimas para todos, já, mas também temos que ser realistas […] e, tal como disse o papa Francisco, […] não aceitarmos a globalização da indiferença”.

Esta foi a primeira reunião do conselho permanente presidido pelo novo patriarca de Lisboa, Manuel Clemente, que em Junho foi eleito presidente da CEP.

O encontro em Fátima foi igualmente marcado por mais duas estreias: a do bispo de Leiria-Fátima, António Marto, e do bispo de Lamego, António Couto, que agora completa o número de sete membros que constituem o conselho permanente.

 

 

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