Acabaram-se os turistas de calções de banho e em tronco nu ou as turistas de biquini no centro histórico de Barcelona. A cidade quer impor um certo código de conduta na indumentária dos turistas e quem não respeitar pode pagar 300 euros de multa.

O calor, a praia e o grande fluxo de turistas que acorrem à capital catalã no Verão, fazem com que muitos circulem descontraídos, em traje de praia pela cidade. Mas os responsáveis do turismo de Barcelona não consideram isso apropriado para a imagem da cidade e querem acabar com isso. “Esta é uma cidade com património histórico, dizem. Não estamos em Lloret del Mar”, adverte a Junta de Turismo.

Para já as multas não serão já aplicadas. Mas as autoridades locais estão a espalhar cartazes de sensibilização por toda a cidade, alertando os turistas para que circulem pela zona histórica com roupa própria e que não tentem entrar em monumentos ou museus de calções e chinelos porque não serão autorizados.

Mas a decisão das autoridades de Barcelona tem uma razão de ser que vai além do evitar turistas de fato de banho nas ruas. É que, aproveitando uma legislação omissa neste aspecto, alguns turistas, e também cidadãos adeptos do nudismo, teimavam em circular sem qualquer peça de roupa livremente pela cidade.

Essa é a história de Jacint Ribas, bancário reformado e presidente da Associação pelo direito ao nudismo de Barcelona. Conta o diário norte-americano New York Times que desde 2004 Ribas gosta de dar o seu passeio, de bicicleta, completamente nu, pela cidade. Uma vez, diz Ribas, foi parado 30 vezes pela polícia. E continuou o percurso uma vez que a lei da cidade não proíbe a circulação de nudistas fora do espaço das praias dedicadas à prática do nudismo.

Mas isto também vai mudar, garantem as autoridades, que vão confinar, por lei, a prática do nudismo às praias dedicadas para tal. E aqui as multas podem ir aos 500 euros.