Anonymous juntam em Lisboa pouco mais de 100 pessoas num protesto contra corrupção

Movimento organizou marcha pacífica até ao Rossio. Manifestaram protestaram também contra a desigualdade social e a pobreza.

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Em lugares públicos, a máscara identifica apoiantes do grupo Anonymous Foto: Michael Gottschalk/AFP

Pouco mais de uma centena de pessoas concentrou-se esta quarta-feira no Marquês de Pombal, em Lisboa, para realizar uma marcha convocada pelo movimento Anonymous, para protestar contra a corrupção, a desigualdade social e a pobreza.

Envergando as máscaras inspiradas em Guy Fawkes, autor de um atentado bombista falhado contra o parlamento inglês a 5 de Novembro de 1605, as "pouco mais de uma centena de pessoas que vieram até ao Marquês de Pombal participam na marcha pacífica até ao Rossio", segundo um membro da margem sul da Anonymous de Portugal.

Esta iniciativa insere-se na "Milion Mask March" (Marcha de Um Milhão de Máscaras, em tradução livre) e, além de no Porto e em Faro, também se realiza em mais de 200 cidades do mundo.

"Não somos apenas um grupo que faz ataques informáticos e que quer derrubar Governos. Também nos encontramos para discutir ideias e sensibilizar as pessoas para muitas questões, como a corrupção", disse o mesmo membro, que recusou identificar-se, apesar de ter retirado a máscara para exibir o rosto.

O elemento do movimento salientou que a Anonymous de Portugal, que se associou à Milion Mask March, pretende "dar a conhecer as ideias" e aludiu a diversas iniciativas promovidas para "sensibilização e até eventos para reunir roupa e alimentos para os necessitados".

Rodeado de outros membros da margem sul da Anonymous, alguns com cartazes em que está escrito "(R)Evolução", o membro admitiu que eram "esperadas cerca de mil pessoas, que confirmaram a presença através do Facebook".

O movimento Anonymous ficou conhecido pela reivindicação de ataques informáticos a grandes grupos económicos, a governos e outras instituições, como a Associação de Editores de Diários Espanhóis, recentemente alvo de hackers da organização.

A Anonymous de Portugal reivindicou já ataques às páginas do Ministério da Agricultura, da Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa, do grupo dos socialistas portugueses no Parlamento Europeu e da EDP.

Também divulgou a lista de contas de email de pessoas ligadas ao Banco Novo, para que as pessoas pudessem reclamar pela intervenção do Estado na instituição bancária.

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