Alentejanos e algarvios penalizados no acesso a radiografias e TAC

Mais de 40% dos habitantes destas regiões vivem a mais de 30 minutos dos estabelecimentos que fazem este tipo de exames.

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O relatório hoje divulgado segue-se a um primeiro estudo sobre o sector convencionado publicado em 2006 Nuno Ferreira Santos

Uma parte substancial dos alentejanos e dos algarvios (mais de 40%) reside a mais de 30 minutos de estabelecimentos convencionados com o Serviço Nacional de Saúde para a realização de exames de radiologia. Ou seja, são penalizados face aos habitantes de outras regiões caso tenham que fazer radiografias, ecografias, TAC e ressonâncias magnéticas, por exemplo.

No Alentejo, a situação é ainda pior, porque mais de 40% da população está também a mais de 30 minutos de estabelecimentos convencionados nas áreas da medicina física e reabilitação e da diálise. São conclusões do último estudo da Entidade Reguladora da Saúde (ERS) sobre o sector convencionado, divulgado nesta quarta-feira.

Sublinhando que pouca coisa mudou desde o último estudo realizado sobre o sector das convenções, em 2006, a ERS volta a recomendar a reforma do modelo de celebração dos acordos do SNS com os privados nas áreas avaliadas — diálise, análises clínicas, radiologia e medicina física e reabilitação —, “de modo a garantir o acesso a toda a oferta potencial já instalada ou a instalar”. Como? Retomando o processo legislativo iniciado em 2008, propõe.

Conclui também que, em alguns casos, ainda será possível reduzir mais os preços praticados, apesar do decréscimo já verificado nos últimos dois anos no sector, que até suplantou a percentagem prevista no memorando assinado com a troika. Entre 2010 e 2011, a despesa com convenções nestas áreas baixou 9% e, entre 2011 e 2012, 14%, refere o relatório.

 

 

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