Ministério da Saúde identificou 24 imóveis em que poderá haver risco para a saúde

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Onze por cento dos edifícios da saúde terão amianto Rui Soares

O Ministério da Saúde já fez uma análise mais detalhada dos seus edifícios com suspeitas de conterem amianto, notando que dos 271 imóveis identificados apenas 24 poderá terão “materiais com amianto friável", o que significa que é passível de soltar fibras, podendo, assim, ser inaladas, com risco para saúde.

“Nos 26 imóveis identificados vai proceder-se a avaliação laboratorial para confirmação da classificação”, lê-se na nota enviada ao PÚBLICO. "O Instituto Ricardo Jorge procedeu à analise de amostras de dois destes 26 imóveis, tendo-se obtido nestes casos resultado negativo. Iniciaram-se já diligências no sentido de se proceder à analise dos locais em falta (24). “Confirmando-se a presença de materiais contendo amianto friável, deverá proceder-se no mais curto prazo à remoção ou encapsulamento.” Os imóveis não são identificados.

A grande maioria 245 imóveis da saúde foram identificados como contendo provavelmente "amianto não friável". “Destes, cerca de 211 imóveis foram considerados como não prioritários do ponto de vista laboratorial, uma vez que se apresentam em bom estado de conservação, carecendo apenas de acompanhamento e vigilância periódica.”

Na lista divulgada pelo Governo o Ministério da Saúde surge com 11% dos edifícios com materiais “presuntivamente [provavelmente] contendo amianto”, incluindo alguns hospitais e centros de saúde.

A Direcção-Geral da Saúde (DGS), com um prédio situado na Avenida António Augusto de Aguiar, em Lisboa, figura na lista dos edifícios públicos que terão amianto e que o Governo divulgou na quinta-feira. “É uma coisa mínima”, desvalorizou ao PÚBLICO o director geral da Saúde, Francisco George, sublinhando que o problema do amianto “não tem a dimensão” apregoada.

“Não há razões para alarmismos, só em menos de 1% destes edifícios  poderá haver risco para a saúde”, esclarecia ao PÚBLICO  a subdirectora-geral da Saúde, Graça Freitas. A responsável acrescentou que “muitas casas portuguesas” possuem este material, que apenas constitui risco para a saúde quando está danificado, ou seja, quando é friável.  Sobre o edifício da DGS que tem amianto, a subdirectora esclarece que se trata de “um espaço de rectaguarda, que está vazio a maior parte do tempo”, mas onde são feitos, por exemplo, exames de júri.

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