Xanana Gusmão quer maior dinamização económica na CPLP para reforçar sector privado

Depois do mandato de dois anos de Timor-Leste na presidência da CPLP, seguir-se-á Cabo Verde.

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Xanana Gusmão e Pedro Passos Coelho non início da cimeira da CPLP, na passada quarta-feira. VALENTINO DE SOUSA/AFP

O primeiro-ministro de Timor-Leste, Xanana Gusmão, defendeu esta quinta-feira uma maior dinamização económica durante a presidência timorense da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que decorre nos próximos dois anos, para reforçar o sector privado.

"Queremos antes de mais que o biénio seja pautado por maior dinamização económica e empresarial entre os Estados-Membros e os parceiros", afirmou Xanana Gusmão no discurso de abertura do seminário "Globalização Económica e Oportunidades de Investimento: a CPLP e a Região Ásia-Pacífico".

No seminário debateram-se temas relacionados com os desafios financeiros do sector privado da CPLP, zonas especiais de economia social de mercado e o desenvolvimento económico integrado sub-regional.

Segundo o primeiro-ministro, a presidência timorense da CPLP vai "procurar estimular o desenvolvimento de projectos empresariais entre os Estados-membros que reforcem os sectores privados nacionais". "É nosso entender que a dinamização económica deste espaço tem de passar por um maior diálogo com outros actores", afirmou Xanana Gusmão, salientando que é preciso estabelecer novas parcerias estratégicas.

Timor-Leste assumiu quarta-feira a presidência da CPLP durante a cimeira de chefes de Estado e de Governo, que ficou marcada pela entrada da Guiné Equatorial e pelo regresso da Guiné-Bissau, após ter sido suspensa em 2012 devido a um golpe de Estado.

A próxima presidência da CPLP deverá ser assumida por Cabo Verde, daqui a dois anos. Apesar de no final da cimeira de Chefes de Estado e de Governo da CPLP, realizada na quarta-feira, em Díli, não ter sido anunciada a próxima presidência desta organização, Passos Coelho afirmou hoje que esta deverá ser assumida por Cabo Verde.

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