Socialista pede reforço da opção por viagens económicas

O deputado socialista Jorge Seguro Sanches quer saber se está a ser cumprida a resolução que estabelece que os deputados e gestores de empresas públicas devem optar pela classe económica nos transportes aéreos e se o Governo tem informações sobre a aplicação da medida que propõe a utilização das novas tecnologias (videoconferência, videochamada e correio electrónico) em alternativa às deslocações dentro da Europa.

Estas duas perguntas constam do requerimento que enviou ontem ao ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, e que tem como temas a poupança nos transportes aéreos, a opção pelas novas tecnologias e pelo transporte mais económico.

Este último assunto está consignado na terceira questão colocada pelo socialista: com a excepção do Presidente da República, presidente da Assembleia da República e Governo, "quanto se poderá poupar com o estabelecimento da obrigatoriedade para os voos dentro do espaço europeu do preço mais baixo, numa medida que muitas empresas multinacionais implementaram para todos os seus trabalhadores, mesmo com funções de topo"?

Para o deputado "é imperativo" a existência de normas legais que definam a obrigatoriedade de escolher sempre pelo voo, classe e companhia aérea mais barata, "mesmo tratando-se de companhias low cost". No requerimento, Jorge Seguro sustenta esta iniciativa com números: a opção pela classe executiva numa viagem Lisboa-Madrid pode custar cinco vezes mais do que a escolha da económica. E, recorrendo a uma viagem que fez recentemente a Paris, nota que a económica custava cerca de 600 euros, enquanto a executiva ascendia aos dois mil euros.

Apesar de querer aguardar pela resposta do Governo, o deputado não descarta a possibilidade de avançar com uma iniciativa legislativa (neste caso, um projecto de lei). "Mas essa iniciativa até poderá ser tomada pelo Governo", afirma.

O socialista diz que não é apenas a questão económica, mais premente, que o levou a remeter as questões ao Governo, mas também as suas preocupações ambientais. "Há dois anos, numa reunião do Parlamento Europeu, em Estrasburgo, dedicada às alterações climáticas, questionei sobre as emissões das viagens dos deputados da União Europeia. Isto porque muitas dessas reuniões poderiam ser feitas por videoconferência", conta

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