Semedo "preocupado" com Serviço Nacional de Saúde propõe urgêncais básicas

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O coordenador do Bloco de Esquerda (BE) está "muito preocupado" com o Serviço Nacional da Saúde (SNS) e com a situação das urgências no país e defendeu hoje a criação de uma "urgência básica" em cada hospital.

Em cada unidade hospitalar deve haver "uma urgência básica" a que "as pessoas, quando adoecem, podem recorrer", defendeu este domingo João Semedo, junto às urgências do Hospital de Faro, onde participou num cordão humano em que foi pedida a demissão do diretor do Centro Hospitalar do Algarve (CHA), Pedro Nunes.

João Semedo lamentou que os utentes tenham de esperar "horas e horas" para serem atendidos.

O bloquista, médico de profissão, no arranque do roteiro para a Saúde que o levará a percorrer o país, frisou que nos grandes centros urbanos os hospitais têm urgências polivalentes e médico-cirúrgicas, o que provoca "confusão de profissionais", "confusão de espaços" e "confusão de urgência" e onde os "utentes com necessidades muito diferentes se misturam".

O coordenador do BE disse também estranhar a forma como o diretor do CHA, Pedro Nunes, se tem pronunciado sobre os problemas de Saúde no Algarve.

"Eu próprio, que conheço bem o dr. Pedro Nunes, tenho estranhado a forma como se tem pronunciado sobre os problemas de Saúde no Algarve, sobre os problemas [da instituição] que dirige e, sobretudo, sobre os colegas que lhe escreveram a carta" a alertar para a alegada existência de adiamentos de cirurgias programadas no CHA, por falta de material, e para a alegada falta de medicamentos.

O deputado disse acreditar que o ministro da Saúde, Paulo Macedo, "ainda tenha uma réstia de sentimento de responsabilidade para mudar o que se está a verificar [no Hospital de Faro]".

A reorganização dos cuidados de Saúde no Algarve, iniciada em maio de 2013 com a criação do CHA, foi criticada pelo Bloco de Esquerda "desde a primeira hora".

"A reorganização trouxe degradação! Tal ficou bem patente através das dificuldades sentidas ao nível das Viaturas Médicas de Emergência e Reanimação, da morte prematura de uma criança na sequência de uma cirurgia, da ausência de realização de ressonâncias magnéticas e das inúmeras dificuldades apontadas pelos 182 médicos assistentes hospitalares", lê-se num comunicado do Bloco enviado à comunicação social.

 

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