Seguro “muito triste” com juros da dívida e diz que é Passos quem fala em segundo resgate

Continua o pingue-pongue entre Seguro e Passos sobre quem mais fala em segundo resgate.

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Líder do PS diz que só fala em segundo resgate reagindo a declarações do primeiro-ministro. Daniel Rocha

O secretário-geral do PS afirmou hoje ficar “muito triste” com o nível elevado dos juros da dívida portuguesa e frisou que quem tem colocado o cenário de um “indesejável” segundo resgate financeiro é o primeiro-ministro.

António José Seguro falava aos jornalistas após uma visita à fábrica ZêzerOvo, no concelho de Ferreira do Zêzere, em que defendeu novamente a proposta do PS no sentido de empresas com créditos junto do Estado poderem receber esses créditos na banca pública, concretamente através da Caixa Geral de Depósitos (CGD).
Interrogado pelos jornalistas sobre a possibilidade de Portugal ser alvo de um segundo resgate financeiro, o líder socialista advertiu que “quem tem falado” desse cenário “é o primeiro-ministro”, Pedro Passos Coelho.

“Eu apenas falo de um segundo resgate reagindo àquilo que o primeiro-ministro diz, designadamente na sequência de perguntas feitas pelos jornalistas. Desejo que não haja um segundo resgate e contribuo pela minha parte para que o país possa equilibrar as contas públicas, aliando rigor e apoio à economia”, sustentou.

Depois, Seguro salientou “ficar muito triste e preocupado quando os juros da dívida aumentam” nos mercados internacionais. “Não compreendo o primeiro-ministro quando diz que os mercados não o compreendem. Ele é que não compreende que a sua política de empobrecimento não resulta, só junta crise à crise que já existe”, acusou.

Como alternativa à actual situação económica e financeira, o secretário-geral do PS referiu que “a primeira condição é parar com a política de cortes na saúde, na educação e na protecção social” e, por outro lado, defender um papel mais activo ao nível das instituições da União Europeia em termos de cooperação entre Estados-membros.

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