Rio acusa Governo de não ser capaz de se impor à "minoria" da greve da TAP

Para o ex-presidente da Câmara do Porto, o governo mostrou-se "incapaz de se impor" à greve na TAP.

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Rui Rio esteve na apresentação de um livro com a sua biografia DR

Na apresentação da sua biografia em Famalicão nesta sexta-feira à noite, Rui Rio criticou a greve de pilotos da TAP e também o modo como o Governo se posicionou perante a tomada de posição do que o ex-presidente da Câmara chamou "uma escassíssima minoria".

"É que nem sequer são os pilotos todos, é uma parte dos pilotos que põe um país paralisado e impotente a olhar para tudo isto", disse Rui Rio. "A vermos o prejuízo da TAP, o prejuízo da economia nacional e aqueles em que nós votamos, e que neste particular quase unanimemente apoiamos, incapaz de se impor a poucas dezenas de pessoas", criticou. 

Também esta sexta-feira, numa conferência de imprensa de esclarecimento sobre os motivos da greve, convocada pelo Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC), Hélder Santinhos, dirigente daquela estrutura sindical, realçou que os custos da greve, que teve início a 1 de Maio e se prolonga até domingo, se situam na casa dos 30 milhões de euros e as exigências feitas pelo sindicato ao Governo e à TAP representam 6,5 milhões de euros por ano.

Rui Rio, que ainda não se posicionou ainda sobre uma eventual candidatura a Belém, pôs em causa um regime onde os interesses de uma minoria prevalecem sobre os da maioria: "Uma minoria impor-se a uma maioria eu aceito e compreeendo numa ditadura. Em democracia, é diferente", afirmou. 

Apesar da greve e das críticas da oposição, o Governo diz estar determinado em concluir a privatização da TAP, que dá na próxima semana um passo importante com a apresentação de propostas de compra por parte dos potenciais investidores.

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