Rangel questiona acordo do PS com PCP quando comunistas insistem na saída do euro

Eurodeputado lembra que PCP está a defender no Parlamento Europeu a criação de um fundo de apoio à saída negociada do euro de Portugal e de outros países.

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Paulo Rangel Foto: Nelson Garrido

O eurodeputado português Paulo Rangel disse esta quarta-feira em Madrid, no âmbito do congresso do PPE, que não percebe como o Partido Socialista pode fazer um acordo com o PCP - que propõe neste momento em Bruxelas que o orçamento comunitário inclua financiamento para a saída de Estados da zona euro.

"O Partido Comunista Português que diz que apoia uma situação de governos de esquerda e que diz que abdica da sua reclamação da saída do euro apresenta (esta quarta-feira) no Parlamento "uropeu uma proposta para se criar um fundo de apoio à saída negociada do euro, de Portugal e de outros países," disse Rangel aos jornalistas.

O social democrata adiantou ainda que a responsabilidade das situação política em Portugal está nas mãos do partido socialista, pois "ninguém está à espera que PCP e o Bloco possam viabilizar um governo de coligação PSD e CDS."

Rangel não poupou críticas à forma como o partido de António Costa participou nas negociações com o governo. "Ficou claro que o Partido Socialista andou a brincar às negociações com a coligação, fez apenas bluff com a coligação, porque quer salavar o seu secretário-geral."

"E para salvar politicamente o seu secretário-geral quer fazer dele primeiro-ministro à força, mesmo que isso implique aliar-se ao Partido Comunista que está no Parlamento Europeu a defender a saída de Portugal do euro."

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