PS não está disponível para fazer um “assalto ao Estado social”, avisa Seguro

Seguro falava num intervalo da reunião que o PS manteve com “várias forças vivas” de Gondomar

O líder do Partido Socialista (PS) disse hoje, em Gondomar que os socialistas não estão disponíveis para “fazer aquilo que o primeiro-ministro quer, que é um assalto ao Estado social”.

 

“Acha admissível que o primeiro-ministro, no dia seguinte a ter aprovado o orçamento com o maior aumento de impostos que há na nossa história, venha dizer às famílias que têm de pagar mais pelos estudos dos seus filhos no ensino secundário”, perguntou António José Seguro, em Gondomar.

“Este primeiro-ministro não vive neste país, não conhece o país que governa”, completou, responsabilizando ainda Passos Coelho e a sua “política de austeridade custe o que custar” pelo défice de 800 milhões de euros nas contas da segurança social.

Seguro falava num intervalo da reunião que o PS manteve com “várias forças vivas” de Gondomar, que se inserem numa “audição que o partido está a fazer por todo o país, ouvindo as pessoas, aprofundando melhor o conhecimento” dos seus problemas. “A maioria dos problemas resulta do aumento do desemprego. Ouvi aqui relatos confrangedores, de crianças que chegam à escola com fome, de pessoas que se alimentam de forma débil, de gente que tem dificuldades em recorrer a consultas de saúde porque não tem dinheiro para pagar taxas moderadoras”, salientou.

O dirigente frisou que o desemprego neste concelho vizinho do Porto atinge “cerca de 20 por cento”. “A nível nacional, o desemprego ultrapassa já os 16%. Temos de pôr um travão a esta situação, porque o país não pode continuar com este nível de desemprego”, acrescentou.

A solução passa por “apoiar as empresas”, sendo “necessário para isso que o dinheiro que o Banco Central Europeu (BCE) empresta aos bancos chegue à economia e às empresas”. “É inaceitável que esse dinheiro não chegue à economia e quando chega é a um preço muito alto”, referiu depois de notar que o BCE empresta aos bancos cobrando-lhes um juro de “um por cento.

“É necessário uma linha de crédito a contratar com o BCE no valor de cinco mil milhões de euros, para apoiar as pequenas e médias empresas. É necessário um fundo de recapitalização m recurso que estão hoje parados, de fundos que a troika pôs à disposição de Portugal, para apoiar a recapitalização das empresas”, defendeu.

 

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