Presidente diz que "nova fase" do país traz "confiança" para o futuro

Cavaco Silva está de visita ao distrito de Viseu, onde este ano se realizam as comemorações do 10 de Junho.

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Cavaco Silva afirmou estar "descontraído" com o actual cenário político em Portugal ENRIC VIVES RUBIO

O Presidente da República considera que Portugal está a viver uma nova fase que "traz um pouco mais de certeza" de que o país conseguirá vencer as dificuldades e que lhe permite "olhar o futuro com confiança".

"Estamos a viver uma nova fase; e essa nova fase penso que nos traz um pouco mais de certeza que conseguiremos vencer", afirmou o chefe de Estado, Aníbal Cavaco Silva, numa intervenção na Igreja Matriz de São Martinho de Mouros, em Resende, no distrito de Viseu.

Recordando os "grandes sacrifícios" que os portugueses conheceram nos últimos anos, Cavaco Silva disse olhar agora o futuro com confiança. "É essa a posição em que me encontro: olhar o futuro com confiança, cada um na sua função deve fazer o que lhe cabe", referiu, apontando como exemplo os autarcas da região do Douro vinhateiro que "estão a fazer o que lhes cabe" e que esperam que "o Governo central também cumpra as suas responsabilidades".

"Cada um cumpre o seu dever", sublinhou Cavaco Silva, que esta segunda-feira à tarde visitou além da Igreja Matriz de São Martinho de Mouros, o Mosteiro de Santa Maria de Cárquere e o Museu Municipal de Resende.

Na sua intervenção, feita de improviso, o Presidente da República destacou, aliás, o "papel da maior importância" que os autarcas estão a desempenhar para o desenvolvimento económico, social, cultural e ambiental do país, notando que eles são capazes de identificar em primeiro lugar os "produtos endógenos", ou seja, aquilo que existe na região e que é diferente de outras regiões. Além disso, acrescentou, são eles que estimulam a cultura do empreendedorismo e da inovação.

"Com o programa Portugal 2020 os autarcas são chamados a unirem-se para conseguir mobilizar as forças locais para o aproveitamento dos fundos comunitários que nos vão ser disponibilizados até 2020. O contributo dos autarcas para bom aproveitamento destes fundos é decisivo", sustentou, fazendo votos para que se possa contribuir para a redução das assimetrias de desenvolvimento regional.

Ainda a propósito do interior, o chefe de Estado lembrou as visitas que tem realizado nas últimas semanas a concelhos onde a actividade agrícola é predominante, bem como a visita que fez no sábado à Feira Nacional da Agricultura, em Santarém. "Regressei a Lisboa com uma nova alma, encontrei um espírito diferente nos nossos agricultores", disse, referindo-se à visita a Santarém.

"Encontrei outra esperança, outra confiança, outra certeza de que a nossa agricultura também pode vencer", acrescentou, considerando que "alguma coisa está a acontecer" na agricultura do país e que os agricultores contribuíram para a mudança. "Os nossos agricultores interiorizaram neste momento que os problemas não se resolvem com pessimismo, com descrença ou com desânimo, chegaram à conclusão que arregaçando as mangas e com muito trabalho é possível vencer", frisou.

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