Portas diz que CDS tem mulheres e homens que são políticos de primeira categoria

Assunção Cristas desdramatiza a polémica em torno das suas próprias declarações e diz que a liderança está "muito bem entregue".

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Foto: Rui Gaudêncio

Paulo Portas afirmou esta sexta-feira em Vila Nova de Gaia que o CDS tem "várias mulheres e vários homens que são políticos de primeira categoria", referindo-se à disponibilidade assumida por Assunção Cristas para ser futura candidata à liderança do partido.

"Lembra-se do tempo em que se dizia que o CDS era um partido de um homem só? Isso nunca foi verdade, mas se algum dia pareceu, estamos felizmente muito longe disso. O CDS tem várias mulheres e vários homens que são políticos de primeira categoria e que terão certamente um grande papel no futuro", disse o líder do CDS-PP.

O líder centrista referia-se implicitamente às declarações de Assunção Cristas esta semana ao jornal electrónico Observador, mostrando-se disponível para tudo no partido, incluindo a liderança, e que irritaram muitos dirigentes. "Eu puxo sempre pelo mérito dos que têm mérito", frisou Portas.

No final de uma visita à Sogrape Vinhos, em Vila Nova de Gaia, questionado sobre apoios a candidatos presidenciais, o presidente do CDS chutou para canto: "Como sabem há um Presidente eleito e a nossa prioridade agora é contribuir para que Portugal tenha um governo de centro-direita capaz de consolidar a recuperação da economia e a recuperação do poder de compra das famílias com o cuidado de não pôr tudo em causa e de não voltarmos a défices exagerados e a dívidas impagáveis".

"A liderança está muito bem", diz Cristas 
Por seu lado, Assunção Cristas veio também desdramatizar a polémica em torno das suas declarações ao Observador, dizendo que a hipótese de vir a suceder a Paulo Portas na liderança do CDS "não é matéria que esteja em cima da mesa".

Falando aos jornalistas à margem da assinatura de um protocolo entre o seu ministério, o da Defesa e o Exército, relativo à prevenção dos incêndios florestais, Assunção Cristas considerou que a liderança do partido "está muito bem". "O que posso dizer é que não é uma matéria que esteja em cima da mesa. Felizmente o CDS está muito bem entregue e espero que por muito e bom tempo, pelo que esse não é um assunto que nos deve ocupar agora", disse.

Perante a insistência dos jornalistas, a ministra da Agricultura e do Mar contornou a questão sobre se encarava a possibilidade de um dia vir a liderar o CDS, se o partido se pronunciasse nesse sentido. "O que me ocupa agora é trabalhar o melhor possível, naquilo que são as minhas responsabilidades, neste caso trabalhar na prevenção dos incêndios florestais. Se um dia a questão se colocar logo se verá, mas não é matéria hoje relevante e felizmente estamos muito bem", respondeu.

 

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