Pires de Lima ataca António Costa dizendo que consigo não há mais "taxas nem taxinhas"

Ministro da Economia acusa o líder socialista de ser "fervoroso adepto" da taxa sobre dormidas, que custariam 120 milhões de euros aos empresários do sector.

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António Pires de Lima desde há muito que critica a importância dada às finanças em detrimento dos estímulos à economia Rui GaudÊncio

O ministro da Economia acusou esta segunda-feira o candidato socialista a primeiro-ministro, António Costa, de ser um "fervoroso adepto" da criação de taxas de dormidas na hotelaria, garantindo que enquanto ocupar o cargo não haverá mais "taxas nem taxinhas".

Pires de Lima afirmou em Braga, à margem do 25.º Congresso Nacional da Hotelaria e Turismo, que a criação daquela taxa é a "única ideia" do presidente da Câmara Municipal de Lisboa "que se conhece", acusando-o também de assistir de "forma impávida" às cheias na capital.

O titular da pasta da Economia afirmou ainda que, "face à situação orçamental", não foi possível diminuir o IVA na restauração, mas disse que o Governo "tem procurado evitar" a criação de novas taxas que "penalizem a economia", nomeadamente o sector do turismo.

"Ao contrário de muitas pessoas, como por exemplo o candidato a primeiro-ministro por parte do PS [António Costa] que, além de não ter nenhuma solução para as cheias de Lisboa que prejudicam o turismo, é um fervoroso adepto do aumento ou da criação de uma taxa de dormidas", acusou o ministro da Economia.

Segundo Pires de Lima, a criação daquela taxa "significaria transpor para os empresários do sector o custo de 120 milhões de euros por ano", o que, adiantou, não é intenção do Governo.

"O Governo e o Ministério da Economia, tanto em 2014 como em 2015, vencemos essa tentação e não permitimos que uma taxa dessas fosse criada", disse, deixando uma garantia. "Enquanto eu for ministro da Economia, e esta aventura ainda vai demorar pelo menos um ano, quero deixar a garantia que vão se vai evitar a criação de mais taxas ou taxinhas", afirmou.

Sobre António Costa, depois de negar ter aberto a época de campanha eleitoral, o titular da pasta de Economia criticou a forma como o autarca de Lisboa lidou com as cheias da última semana na capital. "Trata-se apenas de uma evidência, temos um candidato a primeiro-ministro por parte do PS, que é presidente da Câmara de Lisboa, e que vive de forma impávida os assomos climatéricos que a cidade tem vivido, com cheias umas atrás das outras, dizendo aos cidadãos que é melhor confiarem em S. Pedro do que na sua capacidade para zelar por uma melhor drenagem", referiu Pires de Lima.

As críticas a Costa foram ainda mais longe: "Ouvimos hoje falar dos buracos em Lisboa e a única ideia que se lhe conhece é a criação de uma taxa de dormidas, coisa com que este Governo não está de acordo".

Sobre a acção do Governo no sector do Turismo, o ministro explicou que o executivo tem "procurado evitar a criação de taxas que penalizam a economia, penalizam quem criar riquezas, quem cria emprego e também evitar aumentos de impostos como o do IVA".

Ainda sobre o IVA, Pires de Lima, que realçou no seu discurso que aquele imposto já tinha aumentado quando chegou ao Governo, realçou que não foi possível baixar o IVA na restauração dos actuais 23%. "Face à situação orçamental que estamos a viver, realmente não tem sido possível diminuir o IVA da restauração como os empresários gostariam", lamentou.

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