Paulo Portas representa Portugal no funeral de Estado de Adolfo Suárez

Cerimónias fúnebres realizam-se na segunda-feira ao final da tarde, na catedral madrilena de Santa María la Real de la Amudena.

O vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, vai representar o Estado português no funeral do antigo chefe de Governo espanhol Adolfo Suárez, que se realiza na segunda-feira em Madrid.

De acordo com o gabinete do vice-primeiro-ministro, Paulo Portas viaja para Madrid na tarde de segunda-feira, após o Conselho de Ministros extraordinário, que se realiza desde as 8h30 para discutir o Documento de Estratégia Orçamental (DEO).

O funeral de Estado em memória do ex-primeiro-ministro espanhol Adolfo Suárez, falecido a 23 de Março, aos 81 anos, realiza-se na segunda-feira na Catedral de la Almudena, em Madrid, cinco dias depois das exéquias privadas em Ávila, sua cidade natal. A cerimónia, que se iniciará pelas 19h00 na Catedral de Santa María la Real de la Almudena, contará com a presença da família real espanhola, das altas autoridades do Estado, da família Suárez e de representantes de diversos sectores da sociedade.

Adolfo Suárez, considerado o artífice da democracia em Espanha, chefiou o primeiro governo após a ditadura do general Francisco Franco, tendo, nos primeiros 11 meses em que esteve no poder, aprovado a lei da amnistia, legalizado partidos e sindicatos e convocado eleições livres em 1977, que venceu legitimamente.

Terá, assim, direito a uma despedida com as máximas honras e, para tal, o Governo pôs em marcha, pela segunda vez em democracia, o protocolo fúnebre de Estado previsto para os ex-presidentes do executivo, organizado de acordo com a vontade da família (a primeira vez foi em Dezembro de 1982, quando morreu o segundo chefe do executivo do período democrático, Leopoldo Calvo-Sotelo).

A distribuição dos convidados seguirá as normas de precedência definidas pelo protocolo, consagradas no Real Decreto 2099/83, e a família ocupará um lugar privilegiado no templo, nas primeiras filas do lado esquerdo da nave central de la Almudena. Todos deverão cumprir luto rigoroso e o funeral de Estado não será, previsivelmente, aberto ao público.

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