Metro do Porto nega ter pago pareceres a sociedade de Aguiar-Branco

Para o BE, o que se passa no distrito do Porto é “um assalto feito por gente fina”.

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A Metro do Porto gere a sub-concessão do metropolitano da região. Fernando Veludo/NFactos

O Bloco de Esquerda atacou, a Metro do Porto S.A. já veio responder. Depois de no comício de sábado, o número dois pelo Porto José Soeiro ter acusado o ministro da Defesa Nacional José Aguiar-Branco de ser sócio de um escritório que lucrou, em pareceres e consultadorias, um milhão de euros com a subconcessão dos transportes do Porto, a Metro do Porto S.A. enviou neste domingo um comunicado às redacções a desmentir as acusações.

“É totalmente falso que tenha sido adjudicado ou pago qualquer valor à JPAB & Associados, no âmbito do processo de subconcessão em curso, seja de que natureza for. É totalmente falso que a JPAB & Associados tenha emitido qualquer tipo de parecer ou prestado qualquer consultoria à Metro do Porto S.A no âmbito do processo de subconcessão. A própria sociedade de advogados em causa informou a Metro do Porto S.A., em devido tempo, não querer sequer ser consultada no âmbito destes processos”, lê-se na nota enviada.

“Por uma questão de transparência”, a Metro do Porto acrescenta ainda que, no âmbito dos processos de subconcessão foram consultadas, em Março de 2013, as seguintes sociedades de advogados: Abreu, Advogados; Cuatrecassas, Gonçalves Pereira; e Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva, “tendo os trabalhos sido adjudicados à Abreu Advogados por 48.900,00 euros”.

Mais tarde, lê-se ainda no comunicado, “no âmbito do relançamento do processo, foi consultada a PLMJ, por estar a prestar serviços” no processo das subconcessões dos transportes de Lisboa, “tendo a adjudicação sido feita pelo valor de 30.000, ?0?0 euros”.

No sábado à tarde, José Soeiro referiu-se à “concessão vergonhosa da STCP [Sociedade de Transportes Colectivos do Porto] e da Metro do Porto”, a “maior vigarice” que o Governo fez em vésperas de eleições. E acusou Aguiar-Branco, cabeça de lista no Porto pela coligação Portugal à Frente, de ser sócio de um escritório que “ganhou um milhão de euros” com consultadorias neste processo. “O que está a acontecer neste distrito é um assalto feito por gente fina”, afirmou Soeiro.

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