O presidente da Federação da Área Urbana de Lisboa (FAUL) do PS, Marcos Perestrello, assumiu como objectivo conquistar “todas as câmaras” da região nas eleições autárquicas de 2013, na apresentação da sua recandidatura à liderança desta estrutura socialista, nesta quarta-feira.

Antes, o seu mandatário na candidatura a um segundo mandato na FAUL, Joaquim Raposo, considerou que se o PS “souber escolher as pessoas e as equipas e criar dinamismos, pode ambicionar ganhar as câmaras de Sintra e de Oeiras”, actualmente lideradas, respectivamente, pelo PSD e pelo movimento independente IOMAF.

Questionado pelos jornalistas sobre este desafio, Marcos Perestrello afirmou que “o PS tem obrigação de se candidatar às câmaras da região de Lisboa com o objectivo de as ganhar a todas”.

O presidente da FAUL lembrou que o seu partido já liderou as autarquias de Cascais e de Sintra e foi “importante para o desenvolvimento” desses concelhos, acrescentando: “Temos toda a ambição e pretensão de as voltar a conquistar”.

Interrogado sobre se poderá voltar a ser candidato autárquico - como nas eleições de 2009, em que concorreu a Oeiras - o dirigente socialista defendeu: “Todos os socialistas estarão seguramente à altura daquelas que têm sido as suas responsabilidades e têm respondido, como eu tenho respondido sempre, afirmativamente aos desafios que se colocaram em função dos interesses de cada concelho e da região”.

Nas autárquicas do próximo ano, a grande maioria dos autarcas não poderá recandidatar-se, por imposição da lei da limitação dos mandatos - com excepção dos presidentes das câmaras de Lisboa e de Odivelas (PS) e de Cascais (PSD) -, o que constituirá um “mandato aliciante” para Marcos Perestrello, defendeu o presidente do município de Lisboa, António Costa.

“Será a construção de raiz de um novo projecto para a Área Metropolitana de Lisboa. O facto de Marcos Perestrello ter conseguido reunir um leque tão amplo de apoios mostra que o PS está em óptimas condições para enfrentar as eleições autárquicas nestes concelhos no pleno da sua força”, considerou o autarca da capital.

Para o candidato à FAUL, estrutura cujas eleições se disputam a 15 de Junho, o PS só poderá reforçar o número de câmaras através de “uma estratégia autárquica municipal e metropolitana integrada e clara que responda aos problemas das pessoas”.

O PS deverá agora “desenvolver uma nova doutrina” para a região de Lisboa, “assente num papel cada vez maior das câmaras municipais e da Junta Metropolitana de Lisboa, que deve ser “eleita pelo povo” e exercer competências actualmente atribuídas a organismos do Estado.

O mandatário da campanha de Perestrello e seu antecessor na presidência da FAUL defendeu que “ganhar as autárquicas está ao alcance” do PS da região de Lisboa, mas foi mais concreto nos objectivos.

“Temos toda a fé e todas as condições para manter e reforçar as nossas posições nas câmaras de Lisboa, Azambuja, Vila Franca de Xira, Odivelas, Loures e Amadora. É obrigação dos socialistas, tendo em conta o trabalho que foi feito e que é reconhecido pela população”, afirmou.

Joaquim Raposo considerou existirem condições para “subir a posição” do PS em Cascais, Arruda e Mafra, mas reconheceu que tal será “mais difícil”.

Na apresentação da sua recandidatura, Marcos Perestrello contou com a presença do presidente honorário do PS, Almeida Santos, e dos autarcas socialistas do distrito de Lisboa: Lisboa (António Costa), Amadora (Joaquim Raposo), Loures (Carlos Teixeira), Odivelas (Susana Amador), Vila Franca de Xira (Maria da Luz Rosinha) e Azambuja (Joaquim Ramos).