Marcelo diz que candidatos do centro-direita terão "as mesmas dificuldades" que Santana

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"É cada vez mais necessária uma remodelação no Governo", diz Marcelo Rebelo de Sousa Nuno Ferreira Santos

O ex-líder do PSD Marcelo Rebelo de Sousa defendeu neste domingo que os potenciais candidatos do centro-direita às presidenciais “terão exactamente as mesmas dificuldades” que Santana Lopes para decidir se avançam ou não na corrida para Belém.

No habitual comentário semanal na TVI, Marcelo Rebelo de Sousa, que segundo a edição do Expresso de sábado está a preparar o anúncio da candidatura presidencial para Novembro, apontou “três razões” fundamentais para a decisão do ex-primeiro-ministro Pedro Santana Lopes de não entrar na corrida a Belém, anunciada no início da semana numa declaração enviada à agência Lusa.

Considerando que Santana Lopes foi “muito persuasivo” nas suas explicações, Marcelo apontou o cargo desempenhado pelo ex-chefe do Governo como provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa como primeira razão para a ‘desistência’ da corrida presidencial.

Para o professor, Santana Lopes ocupa “uma das funções mais importantes da administração pública portuguesa” e “tem projectos para o futuro”, como o hospital da Estrela, além de que “é muito sedutor estar naquele lugar”.

Em segundo lugar, prosseguiu, Santana Lopes “tem família” e, nesta fase, “é muito importante estar disponível para a família”. Além do mais, Santana “tem ainda futuro político daqui a cinco ou dez anos”, podendo encarar mais tarde uma candidatura à Presidência da República.

Marcelo Rebelo de Sousa recordou ainda que Santana Lopes discorda do “papel constitucional” atribuído ao Presidente da República e defende uma mexida na lei fundamental para o alterar, o que considerou ser difícil face aos resultados expectáveis das próximas legislativas.

Em síntese, para Marcelo Rebelo de Sousa, o ex-chefe do Governo “teve de fazer uma escolha difícil”, como têm de fazer Rui Rio, Sampaio da Nóvoa, Maria de Belém ou mesmo Henrique Neto.

 

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