Hollande escusa-se a comentar sanções a Portugal em Belém

Visita a Lisboa acontece depois do ataque terrorista de Nice e as acusações da oposição ao executivo de Paris.

Fotogaleria
Miguel Manso
Fotogaleria
Miguel Manso
Fotogaleria
Miguel Manso
Fotogaleria
Miguel Manso
Fotogaleria
Miguel Manso
Fotogaleria
Miguel Manso
Fotogaleria
Miguel Manso
Fotogaleria
Miguel Manso

O Presidente de França, François Holland, escusou-se a comentar esta terça-feira eventuais sanções da União Europeia (UE) a Portugal. No final de um almoço em Lisboa com o Presidente da República, o primeiro-ministro e o presidente da Assembleia da República, Hollande concentrou o seu interesse em responder à opinião pública gaulesa que considera que o seu Governo é ineficaz na luta contra o terrorismo.

“Há uma ameaça a vários países do mundo, a França simboliza igualdade, a democracia, se os terroristas nos atacam é porque sabem o que a França representa”, disse Hollande numa curta conferência de imprensa no Palácio de Belém. “É meu dever proteger os franceses”, prosseguiu e, dirigindo-se a Marcelo, continuou: “Proteger os europeus é a nossa obrigação”.

Apesar de ter sido relembrado ao Presidente francês que a visita a Lisboa se insere num périplo por várias capitais europeias tendo em vista a realização em Setembro de uma cimeira em Bratislava, Eslováquia, sob o lema de uma nova Europa, François Hollande foi habilidoso. “A cimeira é para tratar destes assuntos, Portugal sabe que a democracia se defende e que a Europa é um destino comum”, respondeu.

Foi, assim, centrado em temas escaldantes da política interna do seu país, nomeadamente o combate ao terrorismo, que Hollande passou esta terça-feira pela capital portuguesa.  “Temos de estar unidos e termos a compreensão de que os terroristas nos querem separar”, enfatizou num discurso dirigido à politica interna.

Quando perguntado se era preciso densificar as medidas do estado de emergência, questão que a Assembleia nacional francesa analisa esta terça-feira, François Hollande admitiu, sem especificar, novas medidas desde que, disse, “não sejam casuísticas e contrárias à nossa forma de vida”. E concluiu: “Proteger sim, mas no respeito da ordem constitucional”.

Já em São Bento, após uma breve reunião com António Costa, o Presidente francês acedeu a voltar a falar das sanções. O povo português já fez "enormes esforços e sacrificios", pelo que seria injusto a UE aplicar sanções a Portugal. “Precisamos de regras comuns mas também precisamos de flexibilidade e Portugal já desenvolveu enormes esforços e sacrifícios”, disse Hollande.

 

 

Sugerir correcção
Ler 6 comentários