Ferro Rodrigues recusa em absoluto candidatura pelo PS à Câmara de Lisboa
Ferro quer António Costa na autarquia de Lisboa e afasta o seu nome da corrida autárquica.
O ex-secretário-geral do PS Ferro Rodrigues afastou nesta segunda-feira, em absoluto, a possibilidade de se candidatar à presidência da Câmara de Lisboa e considerou que a melhor solução para os socialistas é a recandidatura de António Costa.
“Para se ser presidente da Câmara de Lisboa são necessárias vocação autárquica, vontade política e entusiasmo pela função. Não as tenho”, declarou à agência Lusa Ferro Rodrigues, actual deputado do PS e vice-presidente da Assembleia da República.
Ferro Rodrigues acrescentou, depois, que na candidatura do PS à câmara de Lisboa “não há qualquer tabu”.
“António Costa é um excelente presidente da Câmara de Lisboa e, se quiser, continuará a sê-lo”, afirmou.
Com esta posição, Ferro Rodrigues pretendeu pôr um ponto final na ideia avançada por alguns órgãos de comunicação social, segundo a qual a oposição interna à direcção do PS estaria a colocar em marcha um “plano B”.
De acordo com essa ideia, o “plano B” passaria por António Costa disputar a liderança do PS a António José Seguro, abdicando de se recandidatar à Câmara de Lisboa e deixando essa missão autárquica para Ferro Rodrigues.
No entanto, a recandidatura de António Costa à Câmara de Lisboa não é ainda dada como adquirida.
Também nesta segunda-feira, o presidente da Federação da Área Urbana de Lisboa (FAUL) do PS, Marcos Perestrello, defendeu que o partido deve preparar o caminho para uma recandidatura de António Costa à câmara da capital, e sublinhou que é preciso cautela na calendarização das eleições internas.
“Era bom que o PS criasse condições para que António Costa se pudesse recandidatar à Câmara de Lisboa”, afirmou Perestrello, esta manhã, à margem de uma visita às instalações da Tratolixo, na Abrunheira, em Mafra.
Marcos Perestrello é tido como um dos socialistas mais próximos do actual autarca da capital, que ainda não revelou se vai recandidatar-se ou se irá concorrer para o cargo de secretário-geral do partido. Caso opte pela primeira opção, e se for eleito, será o último mandato de Costa na autarquia de Lisboa, uma vez que a lei limita a três mandatos o tempo máximo de permanência de um presidente à frente de um executivo municipal.