O PS considera que o caso dos novos excertos das escutas telefónicas aos líderes do PS quando da detenção do antigo porta-voz Paulo Pedroso está esclarecido e o secretário-geral socialista, que hoje está nos Açores para o encerramento do congresso regional do partido, escusou-se ontem no aeroporto a comentar a revelação de frases e conversas polémicas.

Ontem à noite, à chegada ao aeroporto das Lajes, nos Açores, onde se encontra para participar no XI Congresso Regional do PS, Ferro recusou-se a prestar esclarecimentos sobre o assunto e remeteu para esta tarde a possibilidade de comentar a notícia da SIC. O PÚBLICO revela hoje novos excertos das conversas dos líderes socialistas no dia do interrogatório de Paulo Pedroso.

Ferro Rodrigues foi peremptório face às perguntas dos jornalistas: "não vou fazer absolutamente nenhum comentário" sobre a notícia avançada sexta-feira à noite, remetendo para o comunicado do PS, "em que tudo o que é necessário ser dito está dito".

No comunicado enviado à comunicação social sexta à noite, o PS transcreveu um excerto do acórdão do Tribunal da Relação relativamente aos diálogos telefónicos entre dirigentes nacionais, relembrando que aquele tribunal superior não descortinou “qualquer perigo” nas conversas.

O PS salientou ainda que a notícia, “retirada do seu contexto de forma lamentável”, pretendeu “fundamentarconclusões inaceitáveis a propósito de presumíveis pressões sobre o sistema de justiça”.

Durante o dia de ontem, nenhum dirigente do PS reagiu à revelação das novas escutas telefónicas, nem mesmo o Presidente Jorge Sampaio, que é implicado num diálogo entre António Costa e Ferro Rodrigues.