Federações do PS de olhos nas autárquicas

O incondicional apoio ao PS ao Governo de António Costa é a grande prioridade dos líderes federativos agora eleitos

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Marcos Perestrello quer manter-se à frente da federação lisboeta enquanto Pedro Nuno Santos está disponível para o quarto mandato em Aveiro. Daniel Rocha/Arquivo

As autárquicas e o apoio incondicional ao Governo liderado por António Costa são as grandes preocupações das novas lideranças das federações do PS. Das 19 distritais, apenas Coimbra não teve eleições, as restantes reconduziram ou escolheram protagonistas para dois anos.

Os militantes da Federação da Área Urbana de Lisboa (FAUL) reelegeram sábado Marcos Perestrello para mais um mandato. O apoio ao Governo é a principal prioridade do dirigente federativo, que é também secretário de Estado da Defesa, que se vai bater por conquistar o maior número de câmaras nas eleições autárquicas de 2017. Actualmente o PS detém 7 municípios em 11, mas a ambição da FAUL é conquistar mais autarquias e o líder considera que esse propósito está ao alcance do PS. "Devemos partir para as autárquicas com a perspectiva de reforçar o papel do PS enquanto partido líderes das forças progressistas", declarou ao PÚBLICO Marcos Perestrello, que foi eleito com 3944 votos.

A maior distrital do PS - o Porto - mudou de líder. Manuel Pizarro obteve cerca de 5000 votos. O também vereador da Câmara comprometeu-se a apoiar o Governo que "coloca no centro das suas preocupações uma agenda pela descentralização". Na intervenção que fez perante uma plateia de militantes, mas também de deputados e autarcas, o agora líder federativo deu grande importância à questão da descentralização e declarou que pretende tornar a federação do Porto no "navio almirante" do partido a nível nacional". "Temos uma oportunidade única para cumprir neste mandato  e nesta legislatura" a descentralização, afirmou Pizarro, recebendo uma grande salva de palmas.

Sobre as autárquicas nem uma palavra. A solução para a Câmara do Porto em 2017 vai fazer correr muita tinta. Actualmente o PS tem um acordo com o independente Rui Moreira, mas no partido há quem entenda que o PS deve apresentar um candidato próprio. Pizarro acha que não.

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