Credibilidade e transparência

É em virtude das novas regras impostas pela actual direcção do PS que se detectam e corrigem as irregularidades nos processos eleitorais no partido.

Têm surgido diversas notícias relativas ao processo das eleições federativas do PS, nomeadamente no distrito de Braga. Antes de tudo convém referir que este processo em nada interfere e se confunde com as eleições primárias. São absolutamente independentes.

A direcção nacional foi e é rigorosa e escrupulosa no cumprimento dos estatutos, regulamentos e procedimentos em vigor. Recordo que foi esta direcção, sob a liderança de António José Seguro, que propôs alterações nas normas para aumentar de forma clara e inequívoca a credibilidade, o rigor e a transparência na vida interna do partido. São estas novas regras que impedem casos nocivos para a imagem dos partidos.

Ao contrário do passado, desde 2012 que, para o acto de inscrição no PS é necessária uma cópia de documento de identificação e comprovativo de residência. Com este simples procedimento, a actual direcção colocou uma barreira à inscrição de “falsos militantes” a residirem na mesma casa ou em moradas a que não correspondiam habitações, ao contrário do que podia acontecer no passado.

Também no pagamento de quotas, a actual direcção incluiu novas normas que credibilizaram e moralizaram os processos eleitorais. Até 2012 era possível pagar as quotas no dia de cada eleição. Isso levava a que muitos militantes regularizassem a sua situação “à boca da urna”, violando desde logo a lei de financiamento dos partidos, mas também colocando pressão sobre o acto de voto e alterando o universo eleitoral. Com a actual direcção o pagamento foi antecipado para um mês antes do acto eleitoral, através dos meios definidos em regulamento próprio, proporcionando um período às candidaturas e aos militantes para fiscalizarem a sua situação no caderno eleitoral.

É importante realçar que é em virtude das novas regras impostas que se detectam e corrigem as irregularidades. Em todas as situações e em qualquer momento. No passado, muitas destas situações pura e simplesmente não eram conhecidas. 

Rigor e transparência
O exercício do direito de voto no PS é presencial, os militantes têm de constar de um caderno eleitoral do conhecimento de todos, apresentar-se com um documento identificativo, rubricar o próprio caderno eleitoral, sob a fiscalização de membros das candidaturas existentes. Torna-se assim um processo mais exigente do que qualquer outro acto eleitoral nacional, reforçando a grandeza do PS, com os procedimentos democráticos internos.

Nos casos recentemente referidos importa salientar que estamos a falar num universo nacional de quase 44 mil militantes e cerca de 7000 no distrito de Braga, com capacidade eleitoral activa e onde foram detectadas duas irregularidades de militantes que faleceram e dos quais a sede nacional não foi previamente informada, motivando assim a rectificação dos cadernos eleitorais. Todas as irregularidades detectadas foram imediatamente corrigidas, não constando, obviamente, dos cadernos eleitorais. Serão sempre corrigidas situações análogas.

Disse e repito-o. A direcção nacional será intransigente com a aplicação dos estatutos e procedimentos em vigor. Em nome da credibilidade e da transparência. Secretário Nacional para a Organização do PS

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