Costa sustenta poupança de mil milhões na Segurança Social com subida dos empregados

Comício socialista em Vila Real serviu para responder à coligação mas também para defender a produção de galinhas e coelhos.

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Fotos Paulo Pimenta
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O secretário-geral do PS respondeu esta segunda-feira às críticas da coligação às suas contas relativas à Segurança Social. Quatro dias depois do debate radiofónico que ficou marcado pela atrapalhação sobre a poupança de mil milhões de euros nas prestações sociais, António Costa defendeu que o aumento do emprego em Portugal será a arma socialista para aliviar as contas da Segurança Social. “O que nós queremos não é diminuir a despesa, tirando o subsídio social de desemprego a quem ainda não encontrou emprego. É diminuindo a despesa no subsídio social de desemprego porque quem o recebe deixa de precisar de o receber, porque deixa de estar na situação de desemprego e passa a estar empregado, a trabalhar e, em vez de viver do subsídio, passa a contribuir para sustentar a segurança social”, disse no comício da noite em Vila Real, que encheu no Largo da Capela Nova.

O clima de contra-ataque já havia sido iniciado pelo ex-ministro Augusto Santos Silva, que aproveitou a gaffe do dia, da autoria de Passos Coelho, para atacar os últimos quatros anos de Governo

"O problema é que o dr. Passos Coelho é um verdadeiro lapsista, um especialista em lapsos", acusou Santos Silva a propósito de um suposto pagamento antecipado da dívida portuguesa. Uma tendência que o ex-ministro tentou colar a toda a governação do social-democrata. "Em 2011, durante a campanha, Passos Coelho prometeu que não mexia nos salários, mas foi um lapso; prometeu-nos que bastava cortar as gordurinhas do Estado e resolvia-se o problema orçamental, mas foi um lapso; prometeu-nos que não cortava nas pensões nem nas prestações sociais, mas foi um lapso", comentou, recebendo muitas palmas.

Já o cabeça de lista pelo distrito, Ascenso Simões, apostou num discurso mais ligado à terra. Falou dos amigos, António Guterres e José Sócrates, que estariam “sempre presentes nos nossos corações”. Falou de agricultura familiar e de “jardinagem do território”, daqueles pequenos detalhes que, afinal, fazem a diferença. “Nós queremos continuar a ter floresta, queremos continuar a ter pesca e caça, nós queremos continuar a ter as nossas galinhas, queremos continuar a ter os nossos coelhos, mesmo que o Coelho não nos ligue nenhuma.”

 

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