CGTP pede veto de Cavaco Silva a orçamento “fora da lei”

A intersindical está preocupada com as funções sociais do Estado e vai criar uma petição

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Após o discurso de Arménio Carlos, os manifestantes da CGTP abandonaram o exterior do Parlamento Daniel Rocha

Milhares de pessoas estiveram, esta terça-feira, em frente à escadaria da Assembleia da República, em Lisboa, para dizer “não” ao Orçamento do Estado para 2013.

O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, direccionou o discurso para Cavaco Silva: “Chegou a vez do Presidente da República dizer o que pensa sobre o assunto.”

“O processo está longe de estar encerrado” e, por isso, para Arménio Carlos “é hora de falar das ilegalidades do OE”. O líder sindical acrescentou que há três semanas foi pedida uma reunião com Cavaco Silva e sublinhou que “até ao momento não houve resposta”. Para o secretário-geral da CGTP, se o Presidente quer cumprir as suas funções “não tem outro caminho senão vetar o Orçamento de Estado [OE]”.

Quanto à violência, Arménio Carlos esclareceu que “as manifestações da CGTP não são violentas” e acrescentou: “Se há alguma violência em Portugal é a que está inscrita na proposta de OE para 2013.”

Arménio Carlos prometeu continuar a luta “enquanto houver fome, pobreza e desigualdades” e, neste sentido, garantiu que a CGTP vai apresentar uma petição – que será a “maior de sempre da CGTP” – em defesa das funções sociais do Estado. O secretário-geral apelou ainda ao Governo que deixe “o povo escolher, não tenham medo das eleições”. No final do discurso, Arménio Carlos apelou à manifestação de 8 de Dezembro, no Porto, e 15 de Dezembro, em Lisboa.

Os manifestantes afectos à CGTP abandonaram São Bento, mas poucas centenas permanecem no local.

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