Está prestes a florir a 13.ª edição do "festival que abre gratuitamente os portões dos jardins de Lisboa". São os Jardins Abertos e, como se sublinha em comunicado, "descobrir estes espaços é descobrir as espécies que neles vivem, as histórias de quem as plantou e delas cuida, é reunir e participar na alma verde da cidade". A novidade desta edição é o prolongar do festival ao longo de todos os fins-de-semana de Maio: abrem-se três dezenas de locais e a programação inclui visitas guiadas, oficinas e actividades para famílias.
"O respeito e o reconhecimento da importância da paisagem natural de Lisboa, do nosso país e do planeta que habitamos", como salienta a organização, alia-se aos cinco sentidos: será dado "destaque a experiências sensoriais e sinestésicas de ser e estar com a paisagem, aproximando os sentidos e o sentido de pertença a uma ecologia poética".
"Quando caiu a última folha daquela árvore e quando despontou o primeiro rebento verde do ano? Quando foi que as tílias encheram as noites da cidade com o perfume das suas flores? Em tempo algum deixou o melro de cantar?". A poesia é natural e os jardins, com o seu devido engenho humano, aí estão, também, com toda a sua arte e ciência.
Este ano, há "espaços inéditos", oportunidades raras para um conhecimento mais aprofundado do Jardim do Dragão do Centro Científico e Cultural de Macau, do Jardim do Atelier do Grilo, do Parque Hortícola da Terra de Minas na Tapada da Ajuda e do projecto Urbem Florestas Urbanas - "que está a tornar as cidades mais verdes, para todos".
Entre outros "jardins especiais", para descobrir ou redescobrir, temos as propostas da Estufa Fria de Lisboa, dos Jardins do Palácio Fronteira ou da Quinta Pedagógica dos Olivais, além dos "passeios ao nascer do sol no Parque Florestal de Monsanto", da abertura do Jardim da Procuradoria-Geral da República ou do Jardim da Casa Mir, das visitas ao Viveiro Municipal da Quinta da Pimenteira ou ao Claustro e Convento de Santos-o-Novo, à Real Quinta das Necessidades e à Estufa Comunitária de Alvalade, entre outros.
A abrir, logo no dia 3 de Maio (uma sexta, às 18h), no Gaivotas 6, há Troca de Plantas, um espírito a marcar todo o festival. Sob o mote do projecto Bairro Verde, que "tem como objectivo a criação de um corredor verde através do plantio de 200 varandas ao longo do eixo da Rua de São Paulo" - actividade comunitária aberta a todos, há a abrir este "momento de partilha, de encontro e de uma troca de plantas onde vale tudo: sementes e bolbos variados, de legumes a plantas ornamentais".
Ao longo dos fins-de-semana de Maio, a programação de actividades é variada, entre oficinas "com diferentes temáticas, desde perfumaria, pintura, culinária e dança", à "experiência gastronómica" no encerramento do festival: "um percurso sensorial com esculturas florais possíveis de ser degustadas" na Casa do Jardim da Estrela.
A participação nos Jardins Abertos é gratuita e aberto a todos, envolvendo na sua preparação "profissionais de jardinagem, paisagismo, cultura e sustentabilidade"
Toda a informação sobre o festival e a programação completa no site oficial.