Raquel Pires Lopes em busca das árvores monumentais portuguesas: elas são “memória viva”

Investigadora da Universidade de Aveiro andou, nos últimos anos, a conhecer o património natural arbóreo com características monumentais. Rendeu-se à sua riqueza, história e lendas, numa aventura que a levou a vários pontos do país.

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Adriano Miranda

Ainda que a viagem fosse longa, Raquel Pires Lopes gostava de a fazer de olhos bem abertos, atenta à paisagem. De Aveiro até à serra da Estrela, com passagem pela serra do Buçaco  nesse tempo não havia auto-estrada , ia sempre colada à janela e, ao contrário da maioria das crianças, não pregava olho. São essas memórias de infância, e também as belas lembranças da aldeia da Mesquitela, Celorico da Beira, de onde a família é natural, que a levam a acreditar que a paixão pelas árvores, e pela natureza em geral, sempre fez parte dela. Nos últimos anos, andou a estudar as árvores monumentais de Portugal, numa aventura que também pretendeu promover a literacia científica e aumentar o interesse pelo património natural arbóreo. Esta investigadora da Universidade de Aveiro, de 43 anos, rendeu-se às dezenas de árvores que foi conhecendo por esse país fora e aconselha-nos a fazer o mesmo.

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