Colômbia referenda acordo de paz com as FARC a 2 de Outubro

Governo de Bogotá inicia segunda-feira o cessar-fogo permanente na guerra contra a guerrilha.

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Algumas centenas de colombianos festejaram o acordo nas ruas de Bogotá GUILLERMO LEGARIA/AFP

O Presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, marcou o início do cessar fogo definitivo da guerra contra as Forças Armadas Revolucionárias Colombianas (FARC) para segunda-feira. O referendo sobre o acordo de paz histórico assinado entre a guerrilha e o Governo na noite de terça-feira em Havana, Cuba, será a 2 de Outubro.

Santos assinou o acordo com o líder da guerrilha de inspiração marxista, Rodrigo Londoño Echeverri (nome de guerra Timochenko) e, no dia seguinte, entregou o texto ao Parlamento de Bogotá, pedindo a este a marcação do referendo para que a população se pronuncie sobre o fim do mais longo conflito armado da América Latina.

O cessar-fogo acordado é bilateral, mas as FARC já tinham, a 20 de Julho, declarado uma trégua unilateral, que foi seguida pelo Estado colombiano que parou os bombardeamentos contra os acampamentos dos guerrilheiros.

Haverá uma cerimónia na Colômbia para que ambas as partes assinem o acordo, para já marcada para finais de Setembro. Nesse momento começará a verificação das tréguas, a cargo das Nações Unidas, a quem cabe também vigiar o processo de entrega das armas por parte da guerrilha - um processo que deve estar concluído em 180 dias, segundo o acordo.

O início do conflito remonta à dé.cada de 1960. Nos últimos 50 anos, a violência interna matou mais de 200 mil pessoas, fez quase 80 mil desaparecidos e converteu cerca de 6,6 milhões em refugiados dentro do seu próprio país.

 

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