Campanha socialista vira ao centro com Basílio Horta

António Costa regressa ao distrito onde foi candidato a autarca e autarca.

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Fotos Miguel Madeira
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O almoço em Loures, onde Costa foi candidato à câmara em 1993, foi a primeira iniciativa socialista do dia de campanha. A presença e discurso de Basílio Horta – fundador do CDS – foi o mote para uma nova abordagem socialista no apelo ao voto.

Foi depois da intervenção do actual presidente da camara de Sintra que o secretário-geral do PS avançou para um discurso em que apelou ao voto útil, dirigindo-se à classe média do país, ainda indecisa sobre o seu sentido de voto.

Perante uma assistência de cerca de 300 pessoas, António Costa, apresentou-se como o candidato capaz de evitar uma futura “crise política” e assegurar a estabilidade nos próximos 4 anos.

"É essencial que quem vença [as eleições] não sejam os radicais do seu próprio campo político [direita], mas aqueles que, no conjunto da sociedade portuguesa, têm capacidade de promover o diálogo", declarou Costa num comício em que pela primeira vez, o líder do PS interveio com uma tradutora de linguagem gestual.

Depois de criticar o actual Governo por promover a clivagem entre diferentes sectores sociais, o candidato defendeu o PS como o garante  das "pontes de convergência com o conjunto da sociedade" – entre, por exemplo, centrais sindicais, associações patronais, professores, associações de estudantes - rumo a uma mudança que devolva "esperança no futuro de Portugal".

O tiro de partida para o apelo ao centro fora dado, momentos antes, por Basílio Horta. Fundador do CDS, candidato à Presidência por esse partido e depois, presidente da AICEP por nomeação do socialista.

"O PS tem de ser o ponto de união de todos, desde democratas-cristãos a socialistas, de todos os que querem um país digno, com contas sérias. Que se levantem e que não se deixem abater pelas sondagens", defendeu no almoço onde conseguiu arrancar por inúmeras vezes aplausos da assistência.

Pelo meio, ia dando conselhos a Costa sobre como vencer as eleições. Que, na sua opinião, tinha de ser através da classe média. "Com os ricos não vale a pena falar, pagam impostas na Holanda, pagam fora daqui, mas a classe média paga tudo, sem incentivos e sem que ninguém lhe ligue nenhuma. A classe média precisa de António Costa. Faça uma reforma do Estado séria, com uma descentralização verdadeira”, disse.

 

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