Reparação de três Kamov vai depender de avaliação de equipa russa

Custo de reparação dos aparelhos será determinante, diz a Autoridade Nacional de Protecção Civil.

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Neste momento só há três helicópteros Kamov a operar Vasco Célio

A informação foi avançada nesta terça-feira pelo presidente da ANPC, major-general Francisco Grave Pereira, durante uma conferência de imprensa de balanço da fase Charlie do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais, que começou a 1 de Julho e que se prolonga até ao final de Setembro. O responsável confirmou que os três aparelhos continuam inoperacionais, sendo que dois deles avariaram já nesta época. “A sua reparação vai demorar. Reajustámos todo o dispositivo – que reitero que não é composto apenas por meios aéreos – para fazer face a esta ausência”, afirmou o major-general.

O presidente da ANPC explicou que no início da época deveriam contar com 49 meios aéreos, mas acabaram por ter 47. No entanto, garantiu que a ausência destes dois Kamov acabou por não comprometer o combate aos incêndios. “Os resultados apresentados demonstram que o dispositivo conseguiu acomodar perfeitamente essa lacuna com outras formas de actuação”, afirmou Francisco Grave Pereira, dando como exemplo a aposta do pré-posicionamento de meios e a antecipação dos possíveis incêndios.

O major-general explicou que não sabem, por agora, quanto poderá custar a reparação dos três Kamov, mas admitiu que a possibilidade de avançar vai depender da “questão financeira”. A equipa russa que vai fazer a análise deverá chegar ainda nesta semana a Portugal e a ideia é que trace os cenários possíveis até ao final de Setembro. “Todas as opções estão em cima da mesa, desde a reparação à não reparação”, sublinhou o presidente da ANPC.

Em causa estão dois Kamov que faziam parte do dispositivo previsto, mas que acabaram por não o integrar, e um outro envolvido num acidente há dois anos e que desde essa altura ficou inoperacional. O problema nos dois Kamov que acabaram por não funcionar em 2015 foi identificado durante a transferência dos aparelhos para a empresa que ganhou o concurso público para manutenção dos mesmos, com acusações de manutenção deficiente à anterior responsável. A ministra da Administração Interna pediu a abertura de um inquérito ao caso.

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